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'Redes' contra leishmânia
Por Fred Furtado
Ciência Hoje/RJ
18/01/2010 | 07:05
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Novo mecanismo do sistema imune pode ser útil para o combate à leishmaniose. A descoberta é do graduando em microbiologia Anderson Guimarães Baptista Costa, do IMPPG (Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Sob orientação da imunologista Elvira Saraiva, do IMPPG, Costa testou a interação das armadilhas extracelulares de neutrófilos (NET, na sigla em inglês, que pode ser traduzida como rede ou armadilha), identificadas em 2004, com a Leishmania amazonensis, um dos parasitos causadores da leishmaniose cutânea.

"Quando o neutrófilo, uma célula do sistema imune, encontra o parasito invasor, ela morre e libera seu DNA associado a algumas proteínas na forma de uma rede, que prende e mata o patógeno invasor", explica o futuro microbiologista, que se juntou ao projeto em 2006, quando estava no segundo período da graduação.

Usando testes in vitro nos quais neutrófilos eram expostos às leishmânias, Costa constatou que os parasitos ativavam a liberação das NETs e eram presos e mortos por elas.

"Identificamos a histona, a proteína de empacotamento de DNA liberada pela célula na NET, como um dos elementos letais para o parasito", conta o jovem pesquisador.
Além disso, ele detectou a presença dessas redes em biópsias de lesões cutâneas provenientes de pacientes com leishmaniose, mostrando que o fenômeno ocorre in vivo. Com o trabalho, Costa conquistou o 7º Prêmio Destaque do Ano em Iniciação Científica do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), em 2009.




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