Setecidades Titulo Habitação
Parte dos moradores do Sítio Joaninha protestam
contra possível ação de desocupação

Área invadida pertence a São Bernardo e teve ameaça de remoção das famílias nesta sexta-feira; parte que fica em Diadema já passa por regularização

Do Dgabc.com.br
09/05/2021 | 12:23
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Divulgação


Moradores do Sítio Joaninha organizaram protestos contra possível ação de desocupação da área por parte da Prefeitura de São Bernardo. A população já enfrenta problemas com a regularização dos imóveis e urbanização do bairro há mais de 30 anos, sobretudo porque o local, que foi invadido, passou por processos morosos de negociação com o poder público. Embora a área que pertence ao bairro Eldorado, em Diadema, já tenha avançado em melhorias de infraestrutura, o terreno invadido em São Bernardo há cerca de cinco anos sofre ameaças de desocupação.

Segundo os moradores, na última sexta-feira (7) a Guarda Ambiental são-bernardense foi ao endereço e avisou a população, composta por cerca de 500 famílias, que faria a remoção dos invasores neste sábado (8). Com medo de perder a moradia, a população cercou a área, inclusive ateando fogo no entorno, a fim de evitar possível ação da Prefeitura.

"Ontem (sábado) não apareceu ninguém (da Prefeitura, Guarda Ambiental, ou polícia), para tirar a gente daqui. Mas a qualquer momento eles podem aparecer e fazer a remoção das casas e famílias, já que até avisaram que viriam", informou uma moradora que prefere não se identificar.

Os voluntários que levam comida e roupa aos invasores temem que as famílias percam suas casas e tenham de ficar nas ruas, sobretudo pelo risco de contaminação com o novo coronavírus. "São crianças, idosos, pais e mães de família que não terão onde morar. Se invadem outro espaço, serão tirados também. Não da pra ficar na rua, ainda mais com a pandemia, e a possibilidade ainda maior de contrair o vírus", relatou uma mulher que auxilia as famílias com doações, e que prefere manter o anonimato.

A população do espaço, também conhecido como Vila da Paz, afirma que espera que a Prefeitura de São Bernardo abra a possiblidade de diálogo, e que aceite negociar a permanência das famílias no local, que seguirá cercado para evitar possível ação de remoção.

Foto: Divulgação




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