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Câmara declara apoio a
servidores contra Reali
Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande
25/03/2011 | 07:06
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O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), ganhou mais um inimigo na briga do funcionalismo contra a administração por reajuste salarial de 11%. A Câmara - todos os 17 vereadores - aprovou ontem uma moção de total apoio às paralisações setoriais que vem sendo promovidas pelo Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema). Nem a bancada governista aliviou nas críticas ao petista, que ofereceu 0% de reajuste aos trabalhadores.

A vereadora Irene dos Santos, do mesmo partido do prefeito, foi a autora da moção. A parlamentar classificou o modo como a Prefeitura conduziu as negociações com a categoria de "um grande erro". "A explicação deles é a pior possível, um absurdo. É uma contradição com o que vinha sendo feito nos últimos anos", declarou Irene. O chefe de gabinete do prefeito, Osvaldo Misso, afirmou anteontem que o reajuste não será dado para evitar prejuízos aos investimentos e pagamento de fornecedores.

O discurso de todos os vereadores foi de cobrança a Reali, para garantir um acordo e evitar a iminente greve geral, que poderá ter início no dia 7, 24 horas depois da realização de assembleia geral. Se o prefeito conseguir negociar com o sindicato, o último recurso do funcionalismo na guerra por aumento não ocorrerá.

Apesar do documento e das palavras inflamadas em prol dos trabalhadores, os vereadores não planejaram nenhuma ofensiva contra o prefeito. "Vamos aguardar. Na próxima quinta-feira vamos discutir (reunião que antecede a sessão ordinária e que geralmente conta com a presença de um secretário)", informou Irene. José Antonio da Silva, o vereador petista mais próximo de Reali, não deu garantias ao apoio. "Somos favoráveis ao reajuste. Mas não chegou nenhum projeto na Câmara para sermos favoráveis ou contra, precisamos ter cuidado", aliviou.

 

PARALISAÇÕES

O Sindema organizou ontem duas paralisações nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) Centro (das 10h às 11h30) e Eldorado (das 14h às 15h30). Com esses atos, a categoria já promoveu cinco suspensões de trabalhos em equipamentos públicos. "Estamos concientizando a categoria e preparando o terreno para a assembleia do dia 6. Se o prefeito não mudar a postura, vamos entrar em greve geral", afirmou a presidente do Sindema, Jandira Vehara Alves.

A sindicalista destacou os reajustes anuais promovidos por Reali a trabalhadores de empresas terceirizadas contratadas pelo Executivo. "Todo ano tem aumento para a Transkomby, para SP-Alimentos, para a Unifesp... A terceirização é o desperdício do dinheiro público e o trabalhador é ignorado", declarou.




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