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E Ribeirão Pires vai perdendo a capela dos canteiros...

São Luiz do Paraitinga aqui. As chuvas de janeiro derrubaram a fachada e uma das torres da capela de Santa Luzia, em Ribeirão

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
08/02/2010 | 00:00
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São Luiz do Paraitinga aqui. As chuvas de janeiro derrubaram a fachada e uma das torres da capela de Santa Luzia, em Ribeirão Pires. O templo é de 1925 e estava abandonado há décadas, desde que a comunidade religiosa do bairro construiu a atual igreja.
A capela semidestruída é obra de canteiros da cidade, devotos da santa, protetora dos olhos. José Nicolini doou o terreno e mais 4.000 réis para a construção. Valores semelhantes foram doados por Biagio Giachello, José Dicieri, Guilherme Périco, Diniz Correa, João Alves, Domingos Nanine e Vicente Bertoldo, durante uma reunião no armazém do primeiro.
Arnaldo Boaventura Neto, historiador, nos traz a notícia. É sempre importante destacar que este e outros bens histórico-religiosos de Ribeirão Pires carecem de uma proteção oficial por parte da Prefeitura. Mas é verdade também que, em termos de Grande ABC, falta a cultura da preservação de bens históricos por parte da população. Em Minas Gerais, Nordeste e outras regiões brasileiras há o costume de se construir novas igrejas, mantendo-se as antigas. Um caso próximo é o da igreja de São Judas Tadeu, em São Paulo, cujo novo templo faz divisa com a igreja antiga.
São Bernardo também perdeu a antiga matriz, colonial, quando se construiu a nova. Ribeirão Pires perdeu pelo menos duas capelas, a de Nossa Senhora da Assunção e a de Ouro Fino. A notícia da passagem do Rodoanel pelo bairro Sertãozinho, na Vila Carlina, bastou para que duas capelas próximas fossem derrubadas. Há outros exemplos. Trágicos exemplos. Bem no nosso quintal.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Sexta-eira, 8 de fevereiro de 1980
Manchete - Caixa Econômica Federal lança plano de habitação popular e Banco Nacional de Habitação muda resolução

Igreja - Assembleia Geral dos Bispos, reunida em Itaici (SP), sugere visita do papa ao Grande ABC.

Editorial - Como será São Bernardo com PDS e PTB?

Futebol-homenagem - Ademir da Guia joga 18 minutos com a camisa do Santo André; em amistoso de inauguração do sistema de refletores do Estádio Bruno Daniel, o Santos venceu ontem o Santo André por 2 a 1.

Carnaval 80 - Bloco Furacão Santista, de Ribeirão Pires, desfila em Mauá.

Polícia - Assaltantes presos após tiroteio em Santo André.

TRABALHADORES
Nascem em 8 de fevereiro:
1 - Olympio Batista de Moraes. 1902. Natural de Socorro (SP). Servente da Cibra - Cia. Brasileira de Indústria Química. Residência: Rua da Escola, Camilópolis, Santo André.

2 - Joaquim Rodrigues Corrêa, o Joaquinzinho. 1906. Primeiro presidente do Sindicato dos Químicos do ABC. Natural de São José do Rio Pardo (SP). Destilador da Rhodia Química. Residência: Rua Guilherme Marconi, s/nº, Vila Assunção, Santo André.

3 - João Antonio Anthero. 1910. Natural de Itu (SP). Manipulador da firma Fernando Hackradt. Residência: Rua Alemanha, Parque das Nações.

4 - José Lourenço Godoi. 1914. Natural de Grama. Servente de fabricação da Rhodia Química. Residência: Rua Frei Caneca, 327.
FONTE - Primeiro livro de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

TURMAS

Hoje é o aniversário de Rubens Carlos de Oliveira, o Binho, da Turma da Esquina e do Napolitano, em Santo André. Também é o aniversário de Amílcar Bitolo, o Mica, corretor nascido em Rudge Ramos em 8 de fevereiro de 1943. Os Bitolo, integrantes dos fundadores do Núcleo Colonial dos Meninos, no século 19.


EM 8 DE FEVEREIRO DE...

1890 - Núcleo Colonial de Ribeirão Pires é elevado à categoria de distrito.

1940 - Fundado o Circulo Operário de Santo André.


Com a queda acentuada do café, Luiz Marton, mulher e filhos venderam a fazenda que possuíam na Alta Sorocabana e vieram para o Parque Novo Oratório, em Santo André, em 1964. Aqui já residiam seus irmãos e a mudança foi importante. Luiz e mulher, Albertina Fernandes Marton, conseguiram completar a educação dos filhos e encaminha-los para boas posições sociais e econômicas.
Assim, Aldenir, o filho mais velho, tem uma empresa de manutenção de veículos em Capuava; Mercedes é professora aposentada; Valdecir tem uma empresa de alimentos; e Odair é executivo da Rhodia.
Já Luiz Marton também entrou para o comércio em Santo André, abrindo uma empresa que comercializava alumínio na Vila Pires. "Ele era alegre, calmo, bem de vida com a família, vizinhos e colegas", narra o filho Valdecir.
A tristeza maior foi a partida precoce da mulher Albertina,
com apenas 50 anos.
Luiz Marton partiu aos 92 anos. Estava internado no Hospital Brasil e foi sepultado no Cemitério de Vila Pires. Além dos filhos, genro e noras, deixa nove netos e Larissa, a primeira bisneta.

SANTOS DO DIA

Ciríaco, Jerônimo Emiliani, Josefina Bakhita e Juvêncio. Do calendário de 1958, cujas estampas estamos publicando, aparece em 8 de fevereiro São João da Mata.




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