O documento foi publicado no site oficial do PT na quinta-feira, mesma data em que 22 parlamentares (21 deputados e uma senadora) entregaram a Genoino uma carta em defesa da elevação do piso além dos R$ 260 estabelecidos pelo governo. O apoio à aprovação da MP (medida provisória) do reajuste do mínimo será discutida na próxima quinta-feira (dia 3), numa reunião envolvendo a bancada do partido na Câmara.
Genoino, no texto, reafirma que "o valor de R$ 260 foi o máximo possível que o presidente da República e sua equipe conseguiram definir em face dos recursos orçamentários". O dirigente petista também repete o argumento de que um reajuste maior do salário teria efeitos nefastos nas contas públicas e no equilíbrio fiscal.
"Um aumento maior implicaria desarranjar outras áreas e remanejar recursos destinados a outras prioridades demandadas pela sociedade. As contas da Previdência Social seriam as mais afetadas negativamente", aponta o documento, que destaca a necessidade de manter "responsabilidade orçamentária e fiscal" ao governar. "Não observar esse paradigma implica jogar o país na ciranda do risco e da desconfiança, fatores que prejudicam o desempenho da economia e os indicadores macroeconômicos e terminam por fazer elevar os juros e o próprio desemprego."
Num recado mais direto aos parlamentares de esquerda da legenda, Genoino cobra deles o apoio à aprovação do mínimo de R$ 260 – conforme definido pela executiva nacional petista.
"O ato de governar, além da responsabilidade intrínseca para com a coisa pública, implica uma responsabilidade solidária e uma coragem política para com as decisões não agradáveis que o governo freqüentemente é obrigado a tomar. Em última instância, não há governabilidade sem ônus e custos políticos. Se os partidos do governo se eximem de exercer essa responsabilidade solidária e essa coragem política, não garantido o apoio ao governante nos momentos difíceis, não há governabilidade possível."
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