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BoJ não deverá cortar juros, mas ajudar empresas afetadas por vírus, dizem fontes
13/03/2020 | 05:03
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O Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês) está hesitante em se juntar ao Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e cortar juros, uma vez que sua taxa de depósito já é negativa, e deverá focar em prestar ajuda financeira a empresas afetadas pelo novo coronavírus, segundo fontes com conhecimento do assunto.

Recentemente, o Fed, o Banco da Inglaterra (BoE, pela sigla em inglês) e outros BCs reduziram seus juros básicos, numa tentativa de amenizar os efeitos econômicos da pandemia, que levaram os mercados acionários globais e os rendimentos dos Treasuries a quedas históricas. O BoJ vai considerar suas opções em sua reunião de política monetária regular, na quarta e quinta-feira (18 e 19).

Bancos comerciais japoneses já tiveram sua margem de lucro reduzida pela política do BoJ, que há quatro anos mantém sua taxa de depósito em -0,1%.

Fontes dizem que o setor bancário pode ficar mais relutante em conceder empréstimos se o BoJ reduzir ainda mais sua taxa básica. Tanto o BC japonês quanto o governo do Japão desejam justamente o oposto: dar apoio a empresas atingidas pelo choque econômico do coronavírus.

"Por enquanto, é importante garantir que o financiamento esteja disponível para pequenas e médias empresas afetadas pelo vírus", disse uma das fontes.

Nas duas últimas semanas, o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, prometeu que a instituição fornecerá ampla liquidez aos mercados financeiros para garantir a estabilidade.

Fontes dizem ainda que o BoJ também poderá ampliar suas compras de fundos de índices de ações (ETFs, pela sigla em inglês), talvez sem necessariamente alterar sua meta anual de 6 trilhões de ienes (US$ 57 bilhões), uma vez que já é flexível e elevá-la poderia acentuar os riscos financeiros. Fonte: Dow Jones Newswires.




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