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Região tem 2º pior resultado do ano na geração de vagas
Marcelo Moreira
Do Diário do Grande ABC
24/09/2005 | 07:39
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O segundo pior resultado do ano na geração de empregos. Esse é o panorama do setor industrial do Grande ABC, segundo os números regionais do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho relativos a agosto.

Na comparação com julho, a queda foi de 15,5% na criação de novos postos de trabalho. Em relação a agosto de 2004, o tombo é bem maior: redução de 69%. O resultado de desaceleração na região acompanha a tendência verificada no Estado. Para entidades como o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e CNI (Confederação Nacional das Indústrias), o sinal é claro: a economia está perdendo o fôlego por conta dos juros altos e, em menor proporção, por conta do dólar barato.

Outro dado que mostra a redução da velocidade das contratações nas sete cidades: pela primeira vez no ano o número de empregos criados na indústria da região (543) praticamente se igualou à soma do registrado nas cidades de Campinas, Sorocaba e Guarulhos (542), que juntas têm quase os mesmos 2,5 milhões de habitantes do Grande ABC. Os números nacionais apontam para a mesma direção: queda vertiginosa da abertura de postos na indústria – que passou de 72.168 em agosto de 2004 para apenas 18.173 neste ano.

No total de empregos criados, somando todos setores da economia, a situação da região é bem melhor. Em agosto as contratações somaram 4.087 vagas, 58% a mais do que em julho, mas 24% a menos do que o registrado em agosto de 2004.

No período janeiro-julho de 2005, os empregos industriais surgidos foram 6.743, 8% a mais do que no mesmo período do ano passado. No geral, as novas vagas criadas foram 33.148, 14% mais do que entre janeiro e julho de 2004.

No contexto geral, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, comemora os resultados gerais do Brasil em agosto. A geração de empregos formais no país em agosto foi 15,3% maior que a registrada em julho Ao todo foram geradas 135.460 novas vagas, contra 117.473 no mês anterior.

Marinho admitiu a perda de velocidade na criação de vagas com carteira assinada mas argumentou que o emprego continua crescendo, só que em ritmo menor que em 2004. A baixa criação de emprego na indústria de transformação foi explicada pelo ministro, em parte, pela sazonalidade que afeta, por exemplo, a indústria da borracha, fumo e couros nesta época do ano, especialmente no sul do País. Marinho, contudo, disse esperar uma reversão dessa tendência com o afrouxamento da política monetária, daqui para a frente.

"Já prevíamos isso, pois 2004 foi um ano excepcional para a criação de empregos. Mesmo com a perda de ritmo, o importante é continuar criando empregos."




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