Setecidades Titulo Sexta-feira Santa
Encenação da Paixão de Cristo emociona fiéis em Santo André

Representação da Via Crucis, na Igreja Matriz, reuniu mais de 400 pessoas

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
20/04/2019 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Cerca de 400 fiéis acompanharam, na noite de ontem, tradicional encenação da Paixão de Cristo, na Igreja Matriz de Santo André, na Vila Assunção. Elenco de 25 atores emocionou a população na Sexta-feira Santa durante reprodução minuciosa do sofrimento de Jesus antes de sua morte.

O evento foi realizado na parte interna da paróquia e teve todo o cenário e figurino feitos a partir de doações dos paroquianos. Exemplo foi o pão da Santa Ceia, produzido pela comunidade católica.

A novidade deste ano foi que, durante a encenação, cada queda de Jesus pelo caminho percorrido carregando a cruz fez alusão a um problema enfrentado no País. “Fizemos um parâmetro do sofrimento de Cristo com o sofrimento da população. As quedas abordaram temas como drogas, desemprego, violência doméstica e todas as dificuldades pautadas no dia a dia”, explicou a coordenadora da encenação, Alda Lígia Andreuccetti Pereira, 59 anos.

À frente do ato há oito anos, Alda observa que a Igreja Matriz reproduz a Via Crucis há pelo menos 15 anos e, em cada um dos episódios, a encenação esteve atrelada a temas cotidianos. “Neste ano, vamos mostrar a humilhação de Cristo, a doação para salvar o povo, a demonstração de amor e serviço, para englobar reflexão do atual, já que a Sexta-feira Santa é dia de reflexão”, ressaltou.

O realismo da interpretação dos 25 atores foi possível diante da organização da comunidade. Os preparativos para o ato começaram no fim de janeiro. Ontem, todo o elenco e participantes começaram a produção do espetáculo às 12h. Pontualmente, às 18h, teve início a apresentação ao público.

O paroquiano Fabio Antonio Cardoso, 50, representou o papel mais importante da noite pelo terceiro ano seguido. “Atuar a Via Crucis é um ato de evangelização. Me emociono a cada ano, já que estou aqui para representar o meste, o que é muito difícil”, ressaltou o intérprete de Jesus.

No papel da mãe de Cristo há dez anos, Maria Augusta Oliveira Benício, 63, destacou emocionada o amor de Jesus e o serviço à população. “Não tenho palavras para descrever o quanto me sinto grata por poder fazer parte deste momento.”

Ao longo da apresentação, que durou cerca de 30 minutos, o público chorou e reagiu a cada uma das cenas. No momento em que Cristo morreu crucificado, as luzes da paróquia se apagaram e a emoção tomou conta do ambiente. “É a primeira vez que assisto a encenação. A comoção é pela fé que temos”, disse Maria Heloisa Mariotto Claro, 57.

Na sequência do espetáculo, católicos andreenses seguiram em procissão pelas ruas do bairro.




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