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Senado vai comprar equipamentos antibomba
Por Do Diário do Grande ABC
17/04/1999 | 15:38
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A segurança do Senado vai comprar equipamento antibomba no valor de R$ 70 mil para fazer varreduras eletrônicas nas dependências do prédio. Com o início dos depoimentos nas CPIs que investigam os bancos e o Poder Judiciário, a Mesa Diretora do Senado autorizou a abertura de licitaçao para adquirir uma maleta com dispositivo para fazer a varredura, embora a Polícia Federal tenha recursos para realizar a tarefa em poucos minutos. Mas, na última vez em que houve suspeita de bomba no Senado, no ano passado, a Federal demorou quase duas horas para chegar, argumentaram alguns senadores na reuniao que deu o sinal verde para a compra do equipamento.

Há mais de um ano a segurança do Senado vem alertando para a necessidade de adquirir o equipamento. Mas, com o início do funcionamento das duas CPIs, a varredura eletrônica se tornou mais do que necessária, informou o chefe da Segurança no Senado, Alberto Nogueira Viana. Ele atribui a uma coincidência, porém, o fato de a abertura da concorrência para seleçao de empresas vendedoras ter sido aprovada agora. 'Vai dar mais rapidez ao nosso trabalho a compra desse equipamento``, disse Viana. O chefe da Segurança do Senado afirmou que nao está preocupado com o aumento do movimento em conseqüência as CPIs: 'Nós já temos experiência e continuaremos a fazer nosso trabalho normalmente``. A maleta ficará em exposiçao no saguao do Senado, como demonstraçao de segurança eficiente.

Antes de cada sessao das duas CPIs abertas no Senado, deverao ser realizadas varreduras nas salas. 'A varredura visual e manual é muito demorada. Para economizar tempo e mao de obra, a maleta eletrônica é a única soluçao``, informou Alberto Nogueira Viana. Todos os dias é realizada uma varredura manual no plenário do Senado, que demora mais de uma hora. Também nas salas de comissoes de inquérito, o mesmo procedimento é recomendado. Mas, com o plenário e as duas CPIs em funcionamento, fica difícil fazer as varreduras às 7h sem o equipamento eletrônico.

A segurança do Senado está avaliando quantos homens vai precisar para garantir o bom andamento dos depoimentos nas duas CPIs. Apesar da ajuda da Polícia Federal, o movimento no Senado deve dobrar. Os denunciantes que estao se oferendo para depor na CPI do Judiciário estao pedindo garantias de vida. Na CPI dos Bancos, o dono do banco Marka, Salvatore Cacciola, já pediu garantias de vida e segurança da Polícia Federal para vir depor na quarta-feira.

O primeiro pedido foi atendido. Convocado para prestar depoimento na CPI do Judiciário, segunda-feira, às 10h, Antônio de Pádua Pereira Leite, técnico-judiciário da Junta de Conciliaçao e Julgamento de Mamanguape (PB), está 24 horas por dia sob proteçao da segurança do Senado e da Polícia Federal desde a semana passada.




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