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Sete núcleos de Sto.André terão troca de resíduos por alimento

Expansão do programa Moeda Verde começa pelo assentamento Eucaliptos, hoje, das 14h às 17h

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
18/09/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 O programa Moeda Verde, de Santo André, iniciativa que troca cinco quilos de resíduos recicláveis por um quilo de alimento do tipo hortifrúti, inicia fase de expansão hoje, quando passará a atender moradores do núcleo Eucaliptos, no bairro Cata Preta, das 14h às 17h. Até o fim do ano, a meta da administração é levar a ação para outras três áreas, totalizando sete comunidades carentes da cidade beneficiadas.

Ao fim da segunda etapa do programa, em dezembro, a expectativa é a de que o Moeda Verde impacte 36 mil pessoas, o correspondente a um terço dos moradores instalados nos quase 100 assentamentos precários existentes em Santo André. O projeto foi inaugurado em novembro do ano passado no núcleo dos Ciganos, em Utinga, e, desde abril, passou a atender também moradores do Capuava e do Jardim Cipreste.

O projeto tem como objetivo sensibilizar a população dos assentamentos precários sobre a importância da coleta seletiva, além de fomentar a alimentação saudável em áreas de vulnerabilidade.

Os moradores contemplados podem escolher verduras, legumes e frutas, em van que visitará a comunidade a cada 15 dias. Todos os itens são doados pelo Banco de Alimentos Municipal, que também depende de doação. No núcleo Eucaliptos, serão distribuídos também bolachas e biscoitos. A troca será em ponto instalado no encontro das ruas Arco-Íris e do Lago, atrás do Centro Religioso São José Operário.

Segundo o diretor do departamento de resíduos sólidos do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), José Elidio Rosa Moreira, ainda não é possível atender todos os núcleos da cidade, mas a ideia é que, futuramente, o programa seja expandido para 100% das áreas carentes, que são escolhidas de acordo com três questões principais: ponto viciado de descarte irregular, vulnerabilidade social e existência de liderança efetiva para conscientização do projeto.

“Nem em todos os locais conseguimos atingir a população e ter esse trabalho acontecendo de forma eficaz. Nos (núcleos) onde entramos, tivemos sucesso absoluto. É gratificante ver o envolvimento de toda a população e o resultado”, comemora Moreira.

Além do benefício social, o projeto visa a economia com a limpeza de pontos de descarte irregular – montante estimado em R$ 1 milhão até o fim do ano pelo prefeito Paulo Serra (PSDB). “O programa fortaleceu também o trabalho das cooperativas de reciclagem, gerando 160 empregos diretos com os três núcleos. Também aumentamos a vida útil do nosso aterro municipal.”

 

EXPANSÃO

Em outubro está prevista a implantação do Moeda Verde no Morro Vista Alegre, conhecido como Kibon, às quartas-feiras. A partir de novembro, moradores do núcleo Santa Cristina/Nova Esperança/Favelinha do Amor serão contemplados pelo projeto, às quintas-feiras. Já a comunidade do Jardim Cristiane/Gaturama passa a receber a ação a partir de dezembro, com trocas às sextas-feiras.


Ação já beneficia 14 mil moradores e serve de exemplo para outras cidades

 

Inaugurado em novembro do ano passado no núcleo dos Ciganos, em Utinga, o Moeda Verde teve sua primeira expansão em abril, quando passou a atender moradores de mais duas áreas: Capuava e Jardim Cipreste. Nestes três pontos, o programa beneficia em torno de 14 mil moradores.

Diretor do departamento de resíduos sólidos do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), José Elidio Rosa Moreira destacou que o principal sucesso de atendimento é observado no Jardim Cipreste. “A cada quinzena recolhemos duas toneladas de reciclável. Na sequência vem o Capuava, com uma tonelada. Já o Ciganos estabilizou em 300 quilos.”

A iniciativa, conforme Moreira, transformou pontos de descarte irregular em áreas úteis para a comunidade. No Ciganos, por exemplo, há estacionamento; já no Capuava, além de vagas para carros, há canteiro com plantas, além de muro que está sendo grafitado.

Além dos ganhos para as famílias beneficiadas, será possível contabilizar economia com a limpeza do entulho. Antes do projeto, a administração tinha gasto de R$ 400 mil por ano com o problema no núcleo dos Ciganos e de R$ 280 mil no Capuava.

O programa também serviu de exemplo para duas cidades do Interior – Amparo e Itapetininga –, onde a experiência está sendo reproduzida.




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