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TCE reprova contas de 2015 da Câmara de Santo André

Corte fez apontamentos sobre apadrinhados no Legislativo na gestão de Ronaldo de Castro

Por Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
23/02/2018 | 07:00
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O TCE (Tribunal de Contas do Estado) rejeitou as contas da Câmara de Santo André, relativas ao ano de 2015, quando era presidida pelo vereador Ronaldo de Castro (PRB). Desta vez, a Corte fez apontamentos sobre o número de cargos comissionados no Legislativo.

Desde 2014, a Câmara tem feito ajustes para se adequar às recomendações tanto do TCE quanto do Ministério Público. Um estudo encomendado pelo então presidente Donizeti Pereira (PV) foi feito e começou a efetuar cortes na estrutura. As mudanças passaram pela gestão de Ronaldo de Castro e também pela administração do atual presidente, Almir Cicote (PSB).

O parlamentar Ronaldo de Castro afirmou que vai recorrer da decisão e que durante sua gestão a Câmara já havia realizado cortes no número de funcionários. “Fizemos ajustes para atender às recomendações da Justiça. Em 2016, cortamos 43 cargos, sendo três do gabinete da presidência”, defendeu. Caso o reexame não seja aceito, ele fica enquadrado na Lei da Ficha Limpa e estará inelegível.

No ano passado, o TCE rejeitou as contas de 2014 do Legislativo andreense, à época presidido pelo então vereador Donizeti Pereira, hoje secretário municipal de Meio Ambiente.

Em 2017, o Legislativo de Santo André efetuou o corte de um funcionário por gabinete e também estabeleceu níveis de escolaridade, pontos que haviam sido destacados pelo TCE e pelo Ministério Público.

A atual gestão da Câmara, de Cicote, calculou que haverá redução anual de R$ 1,38 milhão no custeio da Casa a partir da diminuição de dois cargos comissionados por gabinete, caindo dos 11 atuais para nove.

A estrutura terá 42 assessores a menos ao todo, de forma gradual – um em janeiro e outro em dezembro –, com a aprovação do projeto no fim de novembro.

A última contabilidade do Legislativo aprovada pelo TCE foi em 2001, na gestão de Carlinhos Augusto (PT). Desde então, a Casa tem esbarrado na questão de comissionados ou no pagamento de 13º salário e ajuda de custo.

Em 2012, 2010 e 2009, a situação de desproporção no número de funcionários apadrinhados também acabou sendo decisiva na rejeição das contas. 




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