De acordo com o presidente da entidade, Carlos Ramiro de Castro, o governo estadual não apresentou nenhuma contra-proposta à carta de reivindicações entregue oficialmente pela categoria no fim de março, o que seria o único modo de evitar a paralisação das aulas por tempo indeterminado.
“O secretário propôs que voltássemos a conversar em maio, quando a equipe financeira já terá um balaço da arrecadação do primeiro quadrimestre. Se houver aumento na arrecadação, será possível negociar o reajuste salarial. Mas não vamos esperar até maio, porque acreditamos que o governo já poderia ter feito estimativas e nos feito uma proposta concreta”, afirmou Castro.
A Secretaria de Educação informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda analisa as propostas encaminhadas pelo sindicato. Os professores reivindicam a incorporação imediata ao salário das gratificações, bônus e abonos, o que corresponderia a um aumento de 24,9%. Atualmente, um professor que trabalha 24 horas por semana recebe R$ 512; com o reajuste, passaria a ganhar R$ 640. Segundo o presidente do sindicato, o último aumento recebido pela categoria foi de 5%, há seis anos.
A Apeoesp espera que, com a adoção de um plano de reposição de perdas, o salário dos professores estaduais alcance o piso mínimo estipulado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que é de R$ 1.422,46. “Além do salário reajustado, queremos melhores condições de trabalho, com turnos reduzidos, fim das classes superlotadas e das perseguições políticas”, disse.
O sindicato inicia nesta terça em todo o Estado assembléias regionais para mobilizar a categoria. Na sexta-feira, o primeiro dia de paralisação, será realizada uma manifestação na avenida Paulista, uma das mais movimentadas da capital, para discutir os rumos da greve, que se estenderá até que o governo apresente um plano concreto de reajuste salarial, segundo informou o presidente da entidade.
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