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O adeus a Jairo Livolis

Presidente do Santo André é enterrado
com a bandeira do clube sobre o caixão

Por Anderson Fattori
25/09/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Parentes, amigos, ex-atletas e ex-treinadores se despediram ontem de Jairo Aparecido Livolis, presidente do Ramalhão por 18 anos e oito meses. Aos 74 anos, ele morreu sábado, vítima de parada cardiorrespiratória. O corpo foi velado no Cemitério da Saudade, na Vila Assunção, em Santo André, e o enterro foi no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo. Bandeira do Santo André cobriu o caixão.

Os presentes não mediram palavras para elogiar a vida de Livolis, marcada pelas conquistas da Copa do Brasil de 2004 e pela construção do poliesportivo do Jaçatuba, inaugurado em 1992, quando assumiu a presidência pela primeira vez.

Luiz Carlos Ferreira, técnico que trabalhou nove vezes no Santo André, todas nas gestões de Livolis, fez questão de sair de Leme, no Interior, e percorrer 220 quilômetros para se despedir do amigo. “É uma pessoa que vai ficar para o resto da vida guardada dentro de mim, o mínimo que eu podia fazer é estar presente neste momento”, comentou Ferreira. “Nunca briguei com o presidente. Certa vez fui para Uberlândia (Minas Gerais) contratar jogador, ele me deu três cheques em branco e falou: ‘Ferreira, veja o que consegue fazer’. Era inteligente e tinha visão”, acrescentou.

Rivais dentro de campo, o São Caetano e o São Bernardo FC enviaram coroas de flores para homenagear o ex-mandatário do Ramalhão, assim como o Primeiro de Maio FC e o CA Aramaçan. Livolis também foi lembrado pelo prefeito Paulo Serra (PSDB), pela família do ex-diretor de futebol Sérgio do Prado, pelo conselho deliberativo, entre outros.

O vice Sidney Riquetto, que agora assume a presidência por 30 dias, também se despediu do amigo. “Tudo que se falar do Jairo será muito pouco. Ele nos deixa lição de trabalho, de competência, teve passagem coroada por sucessos. Ao mesmo tempo, ficamos obrigados a fazer, no mínimo, o que ele fez. Essa é a melhor forma de homenageá-lo”, comentou. “O Jairo conhecia muito o futebol, a parte administrativa, era planejador excepcional. Sim, era explosivo, mas era racional e frio na hora de montar e cumprir o orçamento”, confidenciou.

Clube terá eleição para a presidência em 30 dias
Com a morte de Jairo Livolis no exercício do mandato de presidente, que iria até 2019, a diretoria executiva do Santo André terá de convocar novas eleições em até 30 dias. Neste período o vice, Sidney Riquetto, fica no comando. Em menos de seis meses não precisaria, mas como termina em dezembro de 2019 o estatuto determina”, explica Riquetto.




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