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Luma de Oliveira muda de escola de samba
Do Diário do Grande ABC
16/01/1999 | 13:11
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A se acreditar em Luma de Oliveira, dublê de empresária, mae e madrinha de bateria, sua única novidade para este carnaval é a troca da Escola de Samba Tradiçao pela Unidos do Viradouro. "Fiquei na Tradiçao até o ano passado, mas agora a escola já voltou ao grupo principal e posso ir para outra", diz ela. Luma mudou atendendo a um convite e cedendo à pressao da família e de amigos. "A Viradouro é de Niterói, cidade onde morei até me casar e com a qual ainda tenho muitas ligaçoes", explica. "Fui recebida com muito carinho na quadra, como se fosse mais um componente da bateria".

Mas quem se lembra de carnavais passados, deve prestar atençao na madrinha da bateria da Viradouro. Afinal, em 1987, Luma praticamente inaugurou o topless no sambódromo, aparecendo gloriosa, ao vivo e em cores, para o Brasil e o mundo. A grande polêmica foi no ano passado, quando apareceu de oncinha, mas com uma coleira onde estava escrito Eike, nome do marido e pai de seus filhos. "Nao quis provar nada, nem desafiar ninguém, porque, para mim, carnaval é só brincadeira", diz.

"Este ano, nao vou repetir a coleira porque senao perde a graça". Quanto à fantasia da Viradouro, ela faz segredo: "Será um maiô decotado e cavado, em tons de ouro e prata, sem a coleira do ano passado ou topless, mas própria para sambar", diz ela. "Só nao vou usar mais um biquininho porque nao fica bem para uma mulher casada, mae de dois filhos". Mesmo assim, o público deve-se preparar para novas surpresas. Se a Tradiçao é uma escola que, a começar pelo nome, nao é chegada a inovaçoes, a Viradouro sempre traz novidades. Em 1998, inventou a batida funk e, além disso, tem como carnavalesco Joaosinho Trinta, notório criador de modas.

Figurino - Na Tradiçao, Luma e seu figurinista, Henrique Filho, tinham total liberdade para criar o figurino da madrinha. Na Viradouro, Joaosinho Trinta enquadrou o talento dos dois. Tudo numa boa: "Ele me pediu para nao sair muito estrela e sim uma guerreira, porque os componentes da bateria também vêm fantasiados assim", explica. "Procuro estar sempre com as maos livres, usar uma roupa que mostre o corpo de uma forma atraente e me faça ficar bonita".

E o marido, o que acha disso? "Nao sei, nunca perguntei", confessa ela. "Vai que ele diz o que pensa e a confusao está formada". No ano passado, Luma recorda, o empresário Eike Batista achou engraçada a história da coleira. Em outros anos, enquanto ela desfilava, ele ficava em casa e era quem primeiro via a fantasia. "Eu sempre pergunto se estou bonita, mas nao peço opiniao sobre o tamanho das fantasias", revela Luma. "Lá no fundo, acho que ele nao deve adorar ver a mulher, a mae dos filhos dele, desfilando, mas nunca falou para nao ir".

Luma só nao se imagina sem brincar o carnaval. "Desde criança, saí em todos os blocos e escolas de Niterói e, mesmo antes de ser madrinha, era passista ou saía em ala". A grande surpresa ainda está por vir: "Este ano, queria sair grávida, com barriga na avenida, mas a idéia foi adiada, talvez para o ano 2000".




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