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Polo tecnológico faz pedido de credenciamento
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
29/07/2010 | 07:15
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Nario Barbosa/DGABC


A Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC protocolou, ontem, na Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, a entrega do documento para o pré-credenciamento do Polo Tecnológico da região ao SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos).

O projeto, que já havia sido entregue ao crivo da secretaria em fevereiro, voltou às mãos da agência por conta da falta de informações necessárias, entre elas a comprovação da área para a instalação do polo tecnológico - incluindo metragem de terreno livre para construções -, a definição de uma entidade gestora da iniciativa e a manifestação de apoio de entidades da região.

Segundo o secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Luciano Almeida, essa é uma iniciativa muito importante, mas que para sair do papel vai depender 100% dos atores envolvidos. "Mesmo que o polo tecnológico seja descentralizado, é preciso que essa seja uma operação integrada", destaca Almeida. "Amanhã, quem sabe, o polo pode inclusive se transformar em diversos parques, um em cada cidade."

A equipe da secretaria deve analisar a documentação entregue até meados de agosto. Nesse período, serão feitas inspeções aos terrenos mencionados no projeto para avaliar se atendem as necessidades de um polo tecnológico. "Precisamos de pelo menos 220 mil metros quadrados de áreas livres para que empresas possam se instalar no polo e para que ele tenha condições de se expandir", avisa.

Do que foi apresentado, existem 152.055 m² disponíveis em São Caetano (96 mil m² no Espaço Cerâmica), Rio Grande da Serra (28.740 m²) e Ribeirão Pires (27.315 m²). Além disso, há mais 3.125 m² da incubadora Barão de Mauá e 500 m² do Itescs (Instituto de Tecnologia de São Caetano), também computados como áreas livres. Portanto, têm-se 155.680 m², sem contar os espaços que as universidades vão doar para utilização de laboratórios e realização de pesquisas.

Para o vice-presidente da agência, Valter Moura, essa não é uma obra de dois ou três anos, mas de uma década. "Embora todos os envolvidos estejam de acordo com o projeto, é preciso que haja vontade política para implementa-lo. E não pode prevalecer o partidarismo, pois esse período de implantação do polo ultrapassa a gestão de todos os atuais prefeitos."

O coordenador do grupo de trabalho do polo tecnológico e secretário do Desenvolvimento Econômico de Diadema, Luís Paulo Bresciani, concorda, e aponta que a iniciativa, por ser descentralizada, demanda análise diferenciada. "O polo já existe. Temos de trazer para a região algo que agregue valor às estruturas já existentes."

Moura acredita que em 2020 o polo estará implementado. "A competição hoje é muito acirrada e a tecnologia muda a cada seis meses. Não podemos perder o bonde da história. Todas as cidades que querem se destacar têm um parque tecnológico", diz.




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