Se olharmos somente os números, Palmeiras e São Paulo vivem momentos parecidos: lideram seus grupos no Paulistão e têm destaque nas outras competições que disputam no momento – Libertadores e Copa do Brasil, respectivamente. Mas, dentro das quatro linhas, a situação é diferente, apesar de Eduardo Baptista e Rogério Ceni terem assumido no início da temporada – o Verdão ainda não encanta, enquanto o Tricolor já enche os olhos com bom futebol. O clássico de hoje, às 16h, no Allianz Parque, válido pela oitava rodada do Estadual, é a oportunidade para ambos se afirmarem e ganhar moral para a sequência do ano.

O momento do Palmeiras é um pouco mais complicado por conta de uma encruzilhada: na quarta-feira, enfrenta o Jorge Wilstermann pela Libertadores, taça que é prioridade em 2017. O medo de Eduardo Baptista é perder algum jogador lesionado. Porém, por outro lado, vá explicar ao torcedor uma derrota em clássico...

“Temos responsabilidade, sabemos o que ronda um clássico Palmeiras e São Paulo e vamos pesar essa importância. Mas não vamos correr nenhum risco grande de perder alguém. Temos gordura no Paulista, que dá tranquilidade. Neste momento, a Libertadores é mais importante. Mas seria excepcional uma vitória, até para influenciar na quarta-feira (na Libertadores)”, afirmou Baptista.

Assim, o professor deve escalar time com diversas alterações. O atacante Borja, esperança de gols, pode atuar para ganhar mais minutos de jogo e ter ritmo para atuar na competição internacional.

Melhor para o Tricolor. Rogério Ceni vai utilizar o que tem de melhor – Cueva e Luiz Araújo não apresentaram lesões após a partida contra o ABC-RN e estão liberados para formar tridente ofensivo com Lucas Pratto.

“Não vamos mudar nossa maneira de atuar. Temos um jeito de jogar desde o início do campeonato. Não podemos alterar isso porque é um clássico. Vamos fazer contra o Palmeiras como fizemos diante do Santos. Espero que possamos estar em um dia feliz”, disse Rodrigo Caio, prometendo time para frente no Choque-Rei.

É o clássico da oportunidade. Para técnicos, reservas e titulares. Resta saber quem irá aproveitá-lo melhor.