É natural em qualquer idade esquecer de fazer algo, o nome de uma pessoa, entre outras coisas do dia a dia. Todos passam por isso. Mas a partir dos 50 anos, devido ao processo de envelhecimento, torna-se mais frequente. É mais comum não se lembrar de onde se guarda determinado objeto, trocar os nomes. Mas isso só acontece de vez em quando.

O esquecimento pode se agravar quando o idoso (em geral com mais de 80 anos) não consegue mais fazer tarefas sozinho, tornando-se dependente de outras pessoas. Sempre esquece de tomar remédio na hora certa, não dá conta de cuidar da casa e do dinheiro, perde-se quando sai sozinho, não sabe em que ano está e chega a não reconhecer familiares.

Nesse caso, é sintoma de alguma doença - existem muitas - que atinge a memória (onde ficam todas as informações que adquirimos ao longo da vida). Todas afetam o cérebro, por isso, além do esquecimento, mudam o comportamento do idoso, que parece voltar a ser criança. Apesar dos remédios, a ciência ainda não descobriu a cura.

Quem tem avó ou avô assim chega a imaginar que eles não gostam mais de ninguém. Mas o doente não tem controle sobre isso, não sabe o que está fazendo. É preciso ter muita paciência e tentar ajudá-lo. Você pode, por exemplo, desenhar junto com ele, brincar com quebra-cabeça ou massinha de modelar, ler um livro e convidá-lo a ver um filme legal na TV.

Consultoria de Cláudia Cristina Ortiz Arini, geriatra do Centro de Referência da Terceira Idade de São Caetano