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Hong Kong adia votação da lei anti-subversiva
Por Da AFP
07/07/2003 | 08:21
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O governo de Hong Kong cedeu às pressões e na madrugada desta segunda-feira anunciou o adiamento da votação de uma polêmica lei anti-subversiva prevista para esta semana no parlamento da ex-colônia britânica.

O executivo publicou esta decisão ao final de uma reunião extraordinária convocada depois da demissão de James Tien, líder do Partido Liberal e aliado do chefe do executivo de Hong Kong, Tung Chee Hwa. O voto dos liberais era crucial para a adoção do projeto.

Tien pediu um adiamento da votação depois de uma maciça manifestação popular contra o projeto na semana passada e devido às críticas às emendas feitas de último momento. O objetivo do adiamento é "incrementar os esforços para explicar as emendas ao público nos próximos dias", segundo um comunicado.

A nova lei, mais conhecida como artigo 23 da constituição vigente desde que o território voltou para a soberania chinesa em 1997, prevê a adoção de textos contra a subversão, a traição, a sedição e o roubo de segredos de Estado.

Mas o projeto apresentado pelo governo pró-chinês foi criticado pelo perigo que representa para as liberdades democráticas. Mais de meio milhão saíram às ruas na semana passada para protestar contra sua adoção e o impopular governo de Tung.

Apesar desta manifestação, a maior registrada no território desde o massacre da Praça da Paz Celestial, em Pequim, em 1989, o governo declarou que o parlamento votaria o texto na quarta-feira, segundo o calendário original. Os protestos obrigaram, no entanto, que Tung fizesse concessões em três pontos polêmicos.

Mas os partidários pró-democracia e a oposição mantiveram sua hostilidade e pediram mais tempo para examinar as emendas, enquanto convocaram outra manifestação para o dia da votação.

Depois de algumas dúvidas, os liberais confirmaram seu pedido de adiamento do projeto para permitir um novo debate público.




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