Gerações diferentes muitas vezes têm tudo para entrar em conflito. Mas com o cantor norte-americano Iggy Pop a experiência é positiva. Contemporâneo de grupos revolucionários como MC5, o artista de 68 anos, que construiu seu nome a partir do grupo The Stooges, se junta agora ao líder do Queens of the Stone Age e do Eagles of Death Metal, Joshua Homme, 42, e coloca nas prateleiras o disco Post Pop Depression (Universal Music, R$ 27,90, em média).

Ilustrado por nove composições autorais, o trabalho tem pitadas retrô, canções soturnas e mostra Iggy, nome pioneiro do punk, distante de sua linha de conforto, apresentando cancioneiro rico em experimentos. É claro que tudo tem tempero roqueiro.

Prova disso está em faixas do calibre de Break Into Your Heart, de andamento lento, e American Valhalla, com direito a saxofone, trompete, flauta e tuba, cujo resultado pode surpreender até o mais purista quando o assunto é Iggy Pop.

Ainda fazem parte do time os músicos Dean Fertitia (contrabaixo) e Matt Helders, baterista do Arctic Monkeys.