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Os obstáculos de Volpi rumo ao Paço
Beto Silva
29/03/2016 | 07:00
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Ex-prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PSDB) nunca escondeu o sonho de comandar o Paço de Mauá, cidade onde foi vereador por dois mandatos (1983-1988 e 1993-1996). Em 2012, ao encerrar segundo mandato à frente do Executivo ribeirão-pirense, chegou a dizer que não disputaria mais eleições. Porém, tirou o pijama da aposentadoria política quando viu o atual mandatário da cidade, Saulo Benevides (PMDB), fazer administração abaixo da crítica. Mas resolveu disputar a Prefeitura do município vizinho. E começou a articulação, que teve, até agora, muitos obstáculos. Primeiro, ao procurar o ex-vice-prefeito Márcio Chaves (PSD) para ser candidato a vice. O histórico do potencial parceiro de chapa no PT causou reação negativa do seu grupo. Depois, Volpi passou por desconfiança do diretório estadual do PSDB. Algumas lideranças acreditavam que ele não seria candidato. O tucano chegou a dizer que o presidente paulista do partido, Pedro Tobias, era inconsequente por aceitar essa tese. E, agora, recentemente, o ex-prefeito perdeu o principal apoiador de seu projeto no Palácio dos Bandeirantes, Edson Aparecido, que deixou a chefia da Casa Civil do governo estadual. Volpi vai conseguir manter a candidatura ao Paço mauaense? Essa é a pergunta que se faz na cidade. E a resposta pode vir por meio de uma pesquisa, que vai medir o eleitorado do tucano após anúncio da adesão da deputada Vanessa Damo (PMDB) ao colega de Assembleia Atila Jacomussi (PCdoB). O sonho pode virar frustração.


Bastidores

Juventude
Os integrantes do PMDB Jovem de São Caetano se reuniram ontem para definir os últimos detalhes da chapa que será homologada dia 10 de abril. O presidente do grupo de 32 pessoas será Lucas Theodoro. Todos os bairros e faculdades da cidade estão representados no movimento, que vai lançar um candidato a vereador. “Em tempos de tantos desatinos, reunir 32 jovens em um partido político já é uma vitória. Há espaço para todo mundo. É importante a renovação e o envolvimento dessa galera”, disse o parlamentar Pio Mielo, recém-filiado ao PMDB e que ajudou a formar o conjunto.

Tucano não
Único vereador sem partido em Diadema, Talabi Fahel não vai mais para o PSDB como muito se cogitou. O partido fez inúmeros convites a ele, que declinou. Agora, procura uma legenda do arco de apoio do prefeito Lauro Michels (PV). O mais provável é o PSB, que está nas mãos do primo do chefe do Executivo e secretário de Educação, Marcos Michels.

Rival interno
A saída de Tunico Vieira (PMDB) da Secretaria de Relações Internacionais de São Bernardo foi confirmada quinta-feira em publicação de exoneração a pedido no Diário Oficial. Ele se coloca como candidato a prefeito. Mas tem de resolver um probleminha interno com o vereador Gilberto França (PMDB), que faz esforço para permanecer no apoio ao governo Luiz Marinho (PT). O fato é que, com Gilberto ou sem Gilberto, o projeto ao Paço está lançado.

Indeciso
Secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Hitoshi Hyodo ainda está no PTB, presidido por um dos principais opositores do governo municipal, Admir Ferro. O titular é próximo do vereador Mauro Miaguti (DEM), que dificilmente estará com Tarcisio Secoli, candidato do PT ao Paço no pleito de outubro. Hitoshi diz que definirá outro partido e seu posicionamento até sábado. Se for para uma legenda que não esteja na trincheira governista, deve perder o cargo. Será que o ex-presidente do Ciesp vai ter esse desprendimento?
 




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