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Novo bombardeio russo mata 8 e fere 60 em Grozny
Do Diário do Grande ABC
11/11/1999 | 11:41
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Oito pessoas morreram e 60 ficaram feridas em novo bombardeio russo a Grozny, capital chechena.

Usando artilharia pesada e mísseis, caças russos atacaram um mercado ao ar livre. "O mercado estava cheio de pessoas gemendo. Muitas delas tinham seus corpos destroçados", contou uma sobrevivente, que nao quis revelar o nome por medo de represálias.

O ataque teria ocorrido na noite de quarta-feira, na cidade de Mesker-Yurt. Nao há confirmaçao de fontes independentes.

Nesta quinta-feira, no entanto, o Kremlin reconheceu, pela primeira vez, que foram cometidos ``erros trágicos' durante a operaçao russa na Chechênia, fazendo alusao aos civis mortos no conflito. ``Houve erros trágicos durante a operaçao na Chechênia. Sentimos pena por esses erros e assumimos a responsabilidade moral', indicou o chefe adjunto da administraçao presidencial, Igor Chabdurasulov, em uma coletiva de imprensa.

``A atividade dos terroristas internacionais e dos combatentes obriga o governo a ter de recorrer à força', justificou o funcionário do Kremlin.

As vésperas da cúpula da Organizaçao para a Segurança e Cooperaçao na Europa (OSCE), em Istambul, Chabdurasulov nao excluiu uma soluçao política para o conflito, apesar de Moscou requerer certas condiçoes sine qua non.

As discussoes políticas devem basear-se no princípio de que a ``Chechênia é uma parte da Federaçao russa' e que seu estatuto nao está em discussao.

Indagado sobre os possíveis interlocutores dessas negociaçoes, Chabdurassulov excluiu qualquer conversa com o presidente checheno Aslan Masjadov, cuja autoridade nao é reconhecida por Moscou.

``Masjadov é um presidente eleito e legitimado. Mas as negociaçoes com apenas com Masjadov nao têm sentido porque ele nao controla a situaçao em seu próprio país', afirmou.

No entanto, o Kremlin está ``disposto a colaborar' com os representantes da diáspora chechena em Moscou e, em especial, com os membros do governo checheno pró-russo, criado em 7 de outubro de Moscou.

``Estamos dispostos a colaborar com (Djabril) Gakaiev (presidente do Congresso da diáspora chechena em Moscou), (Malik) Saidulaiev (chefe do governo no exílio) e Masjadov'.




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