Os constantes congestionamentos na Via Anchieta estão mudando a rotina não só do principal município no entorno da rodovia, São Bernardo, como também de ruas ao longo de Santo André, São Caetano e Diadema.

No trio de municípios, são 13 as ruas diretamente afetadas pelo tráfego problemático da rodovia sobretudo em horários de pico.

Para se ter uma idéia, o primeiro endereço a refletir os problemas da Anchieta em Santo André, fica a aproximadamente dois quilômetros da rodovia, tendo em vista uma rota traçada pelas vias principais.

Trata-se d a Avenida Lauro Gomes, na Vila Sacadura Cabral, na fronteira com São Bernardo.

A via deve ganhar um viaduto que levará o motorista até a Prestes Maia. A obra,mesmo priorizada no primeiro de cinco lotes de intervenções do programa São Bernardo Moderna, continua no papel.

Contudo, se por um lado o novo viaduto promete dar fluidez ao tráfego, por outro, as chances de o movimento ficar ainda mais carregado na Prestes Maia, principal comunicação entre o município vizinho e a Anchieta, são grandes.

 “Se São Bernardo fizer o viaduto, o tráfego aumentará em frente a Fundação Santo André”, disse o diretor do Departamento de Trânsito de Santo André, Eric Lamarca.

Que o digam os motoristas. Atravessar os cerca de dois quilômetros da avenida em horários de pico já é atualmente um teste de paciência.

“O motorista tem levado até 30 minutos para atravessar essas vias (com reflexos da Anchieta)”, disse Lamarca. Uma previsão tida como otimista por boa parte daqueles que passam pela Prestes Maia.

 “Já perdi 45 minutos aqui, só para passar mais ou menos do Sesc até a Lauro Gomes”, afirmou o mecânico José Luis dos Reis, de Diadema, município que sofre influência da Anchieta em quatro pontos.

“Isso sem contar da falta de sincronia dos semáforos que estão por aí”, apontou.

Em São Caetano, os problemas se concentram em dois endereços, a Guido Aliberti e Estrada das Lágrimas.