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Pacientes em UTI terão assistência odontológica

Projeto piloto do Mário Covas será expandido para todo o Estado

Por Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
01/02/2012 | 07:00
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Pacientes que estão internados, com doenças crônicas ou que fazem tratamento regularmente no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, já dispõem de assistência odontológica gratuita, inclusive nas Unidades de Terapia Intensiva.

O programa piloto Sorria Mais São Paulo, do governo estadual, foi testado no segundo semestre do ano passado no Mário Covas e será expandido para toda a rede estadual até julho. Serão mais sete hospitais que terão o serviço em cidades como Bauru, Ribeirão Preto e Carapicuíba. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) lançará o projeto hoje, às 10h30, no Palácio dos Bandeirantes, na Capital.

Durante três meses foram atendidos 615 pacientes da UTI do Mário Covas, que receberam visitas diárias de cirurgião dentista para realização de exames. Eles identificaram possíveis focos de infecção. Foram feitos 774 procedimentos, entre obturações, extrações e tratamento de focos de infecção em mucosas orais. Durante a primeira fase do projeto, o coordenador do Comitê de Referência em Saúde Bucal da Secretaria Estadual da Saúde, Carlos de Paula Eduardo, avaliou que foi possível identificar e tratar diversas infecções, além de permitir a realização de outros procedimentos. "Há muitas contaminações na cavidade oral que ficam sem tratamento.

Problemas de canal e na raiz do dente podem ser a porta de entrada de outras infecções. Às vezes, o paciente precisa fazer cirurgia cardíaca, mas é preciso eliminar a infecção para depois seguir o procedimento. Esse é o mote da campanha." Até o fim do ano, a previsão é que o projeto seja implementado em até 20 hospitais do Estado.

Não há distinção para atendimento. Crianças, jovens e idosos recebem cuidados diários, caso haja necessidade. A gravidade do problema é que determina a frequência de atendimentos. No Hospital Mário Covas, outros dois dentistas serão contratados para integrar as equipes multidisciplinares, já formadas por médicos, enfermeiros, nutricionistas e outros profissionais da Saúde.

A expectativa é de que até 2014 toda a rede hospitalar estadual ofereça acompanhamento odontológico a pacientes internados. O gasto previsto para quando o projeto estiver em todos os hospitais é de R$ 35 milhões por ano.




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