Esportes Titulo Confidencial
Alviverde imponente
Fernandes
Do Diário do Grande ABC
04/12/2015 | 07:00
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Eu já sabia! Eu e todos os palmeirenses. A gente já sabia! Como disse o saudoso jornalista Joelmir Betting: “Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível”. Por isso, não vai dar para explicar neste espaço o turbilhão de emoções que viveu o torcedor esmeraldino quando, ainda comemorando o segundo gol do Dudu, que seria o do título, sofreu, aos 41 minutos do segundo tempo, um gol daquele que mais provocou a nação alviverde, com caretas, dissimulações e declarações de deboche. Mesmo com a confiança e certeza do título, o grito entalou na garganta, até a última cobrança de pênalti.

Ricardo Oliveira é excelente jogador, raro talento que qualquer torcedor gostaria de ter no time, mas um pouco de humildade não faz mal a ninguém. Aquela careta zombando do Fernando Prass foi, sem dúvida, um combustível a mais para a vitória do Palmeiras, e que fique a lição da Bíblia para o centroavante matador e pastor santista: “Quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”. (Lucas 14, 11).

Se o Palmeiras não tem Ricardo Oliveira, tem Fernando Prass, João Pedro, Taylor, Vitor Hugo, Jackson, Zé Roberto, Matheus Sales, Arouca, Robinho, Dudu, Lucas Barrios, Cristaldo, Gabriel Jesus, Rafael Marques e o técnico Marcelo Oliveira, estrelas de uma noite inesquecível.

Se a estrela Dudu brilhou como o homônimo do passado, a estrela Fernando Prass acendeu o passado e ascendeu juntando aos grandes goleiros da Academia. Foi dele o gol do título, marcando, assim, o seu nome na história ao lado de Oberdan Cattani,Valdir de Moraes, Leão, Velloso, Marcos...

No mesmo dia histórico em que o Brasil ficou paralisado, quando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, autorizou o processo de impeachment da presidente Dilma, o Palmeiras agitou e divide a manchete de Primeira Página com a conquista do tri da Copa do Brasil.

O futebol é realmente fantástico, faz a gente esquecer a crise e as ‘zikas’ do momento e pelo menos por um tempo zombar um pouco dos amigos com frases do tipo: “O peixe morre pela boca”, “Fisgamos a taça”, “Quem ri por último...”, “ Morreu na praia”, “Chora garotada”. No fundo, bem no fundo, a gente sabe que o Santos é um belo time. Uma equipe que merece respeito.

Meus respeitos, Ricardo Oliveira. Mas, eu já sabia!




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