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Metalúrgicos do Grupo 9 declaram estado de greve
Por Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
01/09/2007 | 07:00
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Os metalúrgicos da CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Grupo 9 – empresas fabricantes de máquinas e eletrônicos – entregaram sexta-feira ao setor patronal o aviso de greve. A falta de acordo sobre as questões econômicas levaram a classe trabalhadora a se irritar e tomar medidas mais drásticas.

Sexta-feira, na última reunião da FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos) com as empresas, a bancada patronal ofereceu aumento de 6%, sendo 4,19% de correção da inflação e 1,74% de ganho real.

Essa é a terceira oferta e ficou ainda abaixo do esperado pela categoria, pois no ano passado o aumento real foi acima de 2%.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, a mobilização começa na segunda-feira em todo o Estado de São Paulo. “Vamos nos movimentar para quebrar a resistência do setor patronal. Nossa data-base, que é agosto, já está vencida”, explica o sindicalista.

Na negociação com os fabricantes de automóveis, o clima também esquentou. O setor patronal ofereceu reajuste no piso salarial da categoria de R$ 1.030 para R$ 1.050, enquanto a categoria reivindica R$ 1.236.

“Esse aumento é de 4,5%, o que dá menos que a inflação que esperamos para o período. Não podemos aceitar de forma alguma”, conta o presidente do sindicato da região.

Zero de aumento - As montadoras também propuseram zero de aumento salarial, oferecendo apenas um abono de R$ 650 para a categoria. Segundo Feijóo, mesmo que esse valor seja incorporado no salário, o aumento real não passaria dos 0,8%.

“Se não houver melhora na proposta, haverá mobilização. Acho que estão querendo nos desafiar para uma luta grande”, afirma Feijóo.

A próxima reunião do setor é na terça-feira. Já as negociações do Grupo 9 estão suspensas até uma nova proposta.




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