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Dólar fecha com ligeira alta de 0,06%
Do Diário OnLine
23/03/2004 | 18:00
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O dólar comercial encerrou os negócios desta terça-feira com ligeira alta de 0,06%, cotado a R$ 2,913 na compra e a R$ 2,915 na venda. O mercado de câmbio operou com suas atenções voltadas para novas ameaças de ataques terroristas e para a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a redução da taxa de juros.

Um dia depois do assassinato do líder espiritual do Hamas, xeque Ahmed Yassin, pelo exército de Israel, o mercado financeiro continua refletindo o temor de novos atentados terroristas. Nesta terça, o ministro de Defesa de Israel, Shaul Mofaz, informou que o país continuará sua política de "eliminação de terroristas". Segundo analistas do mercado, o cenário de tensão externa faz com que os investidores apelem para a compra de ativos seguros economicamente – como é o caso do dólar.

No Brasil, os problemas que o governo vem enfrentando com as divergências entre ministros e com o caso envolvendo Waldomiro Diniz, ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, colaboraram para o resultado negativo. Na tarde desta terça, a Comissão de Sindicância instalada para apurar as atividades de Diniz concluiu que ele fez uso da influência política para negociar com a Gtech (empresa responsável pelas loterias da Caixa Econômica Federal) a renovação do contrato com o governo federal.

No cenário econômico, a principal notícia nesta semana é a divulgação da ata da última reunião do Copom. O documento, que será publicado na quinta, traz as justificativas para o corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, que caiu para 16,25% ao ano. Além disso, a ata pode sinalizar os próximos passos da política monetária do governo.

Bovespa - A Bolsa de Valores de São Paulo opera em queda nesta terça-feira, com o mercado acionário ainda instável após o nervosismo no exterior no dia anterior. Por volta das 17h25, o Índice Bovespa caía 1,07%, aos 21.437 pontos.

Títulos - No mercado de títulos, o risco-país, que mede a desconfiança estrangeira no país, opera em alta. Por volta das 17h30, o risco subia para os 556 pontos. Quanto maior é o indicador, mais alta é a perspectiva do mercado externo de que o Brasil poderá decretar o calote em seus compromissos. Já o C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, operava em alta de 0,38%, cotado a 97,56% de seu valor de face.




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