Se recolocar no mercado de trabalho não é tarefa fácil. Mas, seguir simples passos podem render uma boa contratação. Hoje, a maior parte das empresas (cerca de 70%) realiza contratações com base nas indicações de funcionários. É por isso que se faz necessário priorizar o tal ‘networking' - manter contato com pessoas empregadas na mesma área que a de interesse.

"Ter uma rede de contatos é fundamental para todo profissional, independente de estar empregado ou disponível no mercado. Mesmo na melhor situação possível é sempre imprescindível cultivar a rede de relacionamentos, pois a maior parte das recolocações ocorre por meio dela", garante Neli Barboza, diretora de consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos.

O passo seguinte é preparar o currículo. "Depois da indicação, geralmente, as empresas pedem o currículo. Por isso, o cuidado em elaborar cada item", conta a gerente.

A linguagem empregada deve ser clara e objetiva, a apresentação deve ser "enxuta", ou seja, não deve ter mais do que três páginas. Dados pessoais, como nome, endereço, telefones, e-mail, estado civil e idade, por exemplo, precisam estar atualizados.

No campo ‘experiência profissional', inicia-se a descrição pela mais recente, contendo: ano de entrada e saída; nome da empresa; cargo ocupado. Também é preciso conter uma breve descrição das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos.

Segundo Neli, tão importante quanto manter a rede de contatos e preparar um currículo ‘atraente', é estar preparado para as oportunidades. "É por isso que aconselhamos as pessoas a investirem em seu marketing pessoal."

Isso significa vender a imagem e o intelecto. O cuidado deve ser tomado desde a aparência física. "Boas empresas não gostam de pessoas cuja aparência é de ‘coitado'. O profissional precisa ter bom humor, saber quais são seus objetivos, ter auto-conhecimento, ser pro ativo e, o principal, precisa saber se expressar, falar", aconselha Neli.

Desempenho em entrevista decide a contratação

A última etapa do processo de seleção, a entrevista, acaba decidindo a contratação do profissional - independente de como foram as demais fases.

A principal dica é se manter calmo. "O nervosismo atrapalha o desenvolvimento das ideias. Por isso a importância de chegar com 30 minutos de antecedência, sentar, tomar uma água. Nenhum fator externo pode atrapalhar esse momento", esclarece Neli Barboza, diretora de consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos.

Quando estiver frente a frente com o entrevistador, o profissional deve olhar no olho da pessoa ao responder as perguntas. "Dessa forma é mais difícil cometer gafes, ou falar demais", explica a gerente.

Outro aspecto importante é sentir o ambiente. Observar o comportamento das pessoas da empresa, o tipo de relacionamento que há entre elas, a postura do profissional durante o trabalho, são bons indicadores do tipo de contato que o profissional deve ter com o entrevistador. "Nunca queira conduzir o entrevistador apenas para aquilo que você julga importante tratar na entrevista. Quem conduz a conversa é ele", lembra Neli.