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Metalúrgicos votam neste sábado início de greve
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
08/09/2007 | 07:05
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Trabalhadores metalúrgicos dos setores de máquinas e eletrônicos (grupo 9), indústrias de autopeças (grupo 3) e fundição, ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) vão à assembléia neste sábado, às 10h, na sede do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, para votar se cruzam os braços a partir de segunda-feira.

A disposição dos dirigentes sindicais é pelo início de paralisações. A FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) protocolou comunicados de greve às bancadas patronais das categorias desses três grupos, por conta das propostas apresentadas até agora.

As últimas ofertas feitas pelos negociadores das empresas, que foram recusadas, foram de 6% para o grupo 9 (com 1,78% de aumento real), 4,52% para o grupo 3 (sem aumento real) e 6% para os empregados da área de fundição (1,4% de reajuste acima da inflação).

As negociações com os negociadores patronais deverão ser retomadas na próxima semana, mas o presidente da FEM, Valmir Marques, o Biro Biro, afirmou que isso não impede haja paralisações. “Estamos abertos para negociar”, disse.

No caso dos trabalhadores das indústrias de autopeças, foi marcada negociação para segunda, às 10h, na sede do Sindipeças (Sindicato Nacional das Indústrias de Peças e Componentes Automotores).

O impasse, no caso dessa categoria, ocorreu não só por conta da falta de aumento real. O que também deixou os dirigentes sindicais descontentes foi a discordância em unificar os pisos da categoria, que hoje apresenta dois valores diferentes.

Em relação ao grupo 9 (máquinas e eletroeletrônicos), os 6% de reajuste proposto também irritou a categoria. Foi a terceira oferta e ficou ainda abaixo do esperado pela categoria, pois no ano passado o aumento real foi acima de 2%.

Para o presidente do Sindicato dos metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, a mobilização deve começar na segunda-feira em todo o Estado. Ele afirma que a intenção é quebrar a resistência do setor patronal, já que a data-base, que é agosto, “já está vencida”.

A federação representa em todo o Estado 65 mil trabalhadores da área de máquinas e eletrônicos, 115 mil de autopeças e 15 mil de fundição.




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