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Diadema prevê Orçamento 12% maior
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
30/09/2011 | 07:13
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O Orçamento de Diadema para 2012 está projetado em R$ 841,1 milhões, 11,9% a mais do que estimado para este ano, de R$ 752 milhões. A peça, protocolada ontem na Câmara pelo prefeito Mário Reali (PT), conta com poder de investimento de R$ 135,5 milhões, sendo R$ 118,9 milhões de recursos externos e R$ 16,5 milhões do tesouro municipal.

O montante equivale a R$ 2.179 por habitante ou ainda R$ 2,3 milhões por dia. Os setores mais destacados na peça são a Saúde, com R$ 179 milhões (32,6% do total), e Educação, com R$ 144,7 milhões (25%). O prefeito creditou o aumento nas finanças ao bom momento econômico do País e ao acréscimo de arrecadação.

Durante discurso na Câmara, porém, Reali foi colocado em saia justa por um servidor. Enquanto falava que o Orçamento estava adequado também ao reajuste de 12,46% concedido ao funcionalismo público, o prefeito foi questionado pelo baixo valor investido na valorização de trabalhadores do poder público. Visivelmente incomodado, Reali explicou que a capacidade financeira do Paço era limitada e que o pagamento do aumento começaria a ser quitado em dezembro.

Também citou que o plano de carreira já está sendo discutido com o Sindicato dos Servidores Públicos. Esse debate, inclusive, foi uma das exigências do Sindema atendidas pelo prefeito. "Foi a primeira vez que vi uma manifestação dessa. No geral, a população tem entendido que não podemos fazer loucuras com as finanças", minimizou Reali.

A peça precisa ser aprovada até o fim do ano. O chefe do Executivo afirmou que os vereadores terão espaço para indicação de emendas ao texto original. Em 2011, a Prefeitura estipulou que 1% da receita total, equivalente a R$ 7,6 milhões, seria destinado para contemplar pedidos dos parlamentares.

COMISSIONADOS - O discurso de Reali foi acompanhado por uma comitiva de comissionados da Prefeitura. O plenário esteve lotado, algo raro de ser visto durante as sessões do Legislativo. O grupo de funcionários - a maioria em horário de trabalho e longe do local onde está lotada - ouviu atentamente as falas do prefeito e, depois do fim da explanação, foi embora.

 

Câmara aprova ouvidoria com troca de farpas de vereadores

O presidente da Câmara de Diadema, Laércio Soares (PCdoB), conseguiu reverter quadro desfavorável e viu aprovada a Ouvidoria da Casa, sua vedete de mandato. O texto recebeu adesão de 12 vereadores e causou mal-estar entre os parlamentares.

A bancada do PT optou por rejeitar o projeto - apenas Orlando Vitoriano (PT) decidiu por referendar a proposta. O principal argumento do grupo era que a ouvidoria seria um gasto a mais no Legislativo e que o futuro ouvidor não teria autonomia para colher denúncias contra qualquer vereador, uma vez que seria indicado pelo presidente da Casa.

"Jamais essa pessoa falará mal de quem quer que seja, com medo de represália", justificou Irene dos Santos (PT).

Durante a votação, Laércio sugeriu a retirada do texto, mas foi demovido da ideia por outros vereadores. Nos discursos, Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi (PSB), criticou a postura do PT e citou que Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), foi quem mais defendeu a criação do espaço em reuniões fechadas. "Fui convencido por ele a aprovar."

Irritado, Maninho retrucou e disse que o socialista estava sendo "palhaço" ao sugerir que ele apoiava a proposta. A afirmação gerou trocas de acusações entre os parlamentares. Célio Boi pediu para que Maninho se retratasse publicamente, algo feito somente no fim da sessão.

SALÁRIO DO PREFEITO - O aumento salarial para o prefeito Mário Reali (PT), para o vice Gilson Menezes (PSB) e para 18 secretários foi aprovado em definitivo. A majoração é de 11,9%, a mesma do funcionalismo público, e será fracionada. Reali passará a receber R$ 18.190,76.




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