A expressão "programa de índio" não precisa denominar necessariamente um passeio chato e sem graça. Ao menos para o público que visitar as instalações do projeto Brinquedos e Brincadeiras dos Índios Brasileiros, que começa nesta quarta-feira, no Sesc Ipiranga, em São Paulo, a diversão será gratuita e está garantida.

Embalados por sons da natureza (emitidos por sensores pendurados em árvores) e guiados por grafismos, os visitantes poderão conhecer uma exposição de brinquedos criados por índios, participar de vivências das brincadeiras indígenas e oficinas de confecção de brinquedos e jogos. Além disso, estão previstas apresentações de dança e de contadores de histórias.

Logo na entrada, um telão exibirá cenas da expedição Jogos Indígenas do Brasil, coordenada pelo jornalista e pesquisador Maurício de Araújo Lima, que visitou oito tribos – Camaiurá, Bororo, Pareci, Canela, Ticuna, Maioruna, Manchineri e Guarani. Nesse espaço, serão expostas 45 fotografias, editadas durante o trabalho de pesquisa de Lima, que também serviu de base para a produção do livro O Jogo da Onça, escrito em parceria com o escritor Antônio Barreto.

Na área de convivência, o chão será uma réplica ampliada do tabuleiro do jogo da onça, que já era conhecido na América do Sul antes da chegada dos europeus. Em suportes de terra batida ficarão os brinquedos autênticos dessas tribos.

Para que estudantes e educadores não percam nenhum detalhe da programação do projeto, que termina em 23 de outubro, o Sesc Ipiranga preparou um atendimento especial, com agendamento antecipado de visitas das escolas, de terça a sexta-feira. Aos sábados e domingos, a visitação é aberta ao público em geral.