Em contraste com as apostas de recuperação da economia americana, o número de falências de bancos nos Estados Unidos voltou a subir no mês de outubro, marcando o segundo mês com mais fechamentos de instituições neste ano. Vinte bancos declararam falência até 30 de outubro ante 11 falências em setembro, de acordo com dados do FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), divulgados nesta semana.

O FDIC é uma agência independente criada nos anos 1930 em resposta às centenas de falências no período, garantindo que ninguém perdesse seus depósitos bancários.

O maior número de falências registrado desde o início da crise, em 2008, foi em julho deste ano, com a quebra de 24 bancos. Segundo o FDIC, do início de 2008 até 30 de outubro, 146 bancos declararam falência nos EUA, sendo 115 somente neste ano até o final de outubro.

O centenário Lehman Brothers é o primeiro da lista das maiores falências dos EUA, com US$ 691 bilhões. Mas o colapso do banco, marco da fase de recrudescimento da crise, ficou fora da lista do FDIC porque acabou sendo salvo pelo britânico Barclays, que comprou suas operações de banco de investimento e de mercado de capitais no ano passado. A franchising da Lehman Brothers na região da Ásia-Pacífico, incluindo Japão, Hong Kong e Austrália, ficou nas mãos do Nomura Holdings.

O Washington Mutual, que está contabilizado na lista do FDIC, foi a segunda maior falência dos EUA, com ativos de US$ 327,9 bilhões, de acordo com a revista Fortune.

Outro a escapar da lista do FDIC foi o Merrill Lynch, que acabou sendo comprado Bank of America (BofA) também em 2008, que passou a se chamar Bank of America Merrill Lynch.

O primeiro a naufragar com a crise do subprime, o Bear Stearns, não está na lista de 2008 por ter sido comprado pelo JPMorgan Chase. No último domingo, o CIT Group, instituição que atua na área de financiamento para pequenas e médias empresas, anunciou concordata, a quinta maior da história dos EUA.