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Setor automotivo inicia recuperação, dizem metalúrgicos
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/06/2004 | 21:45
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  Há um movimento de recuperação no setor automotivo que deve ajudar a reduzir o alto nível, de 43%, de ociosidade na utilização da capacidade instalada da fabricação de veículos no país, de forma a afastar o risco de aumento do desemprego no segmento. A avaliação é do presidente da FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores), Adi dos Santos Lima, que afasta a preocupação com demissões na atividade por conta de vendas internas consideradas fracas pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Para Lima, os números da Anfavea apontam para uma produção anual próxima a 2 milhões em 2004, que será inferior apenas ao recorde histórico de 2,1 milhões de 1997. Ele afirmou que as exportações vão colaborar para elevar o nível de ocupação nas fábricas. De janeiro a maio deste ano, a indústria totalizou 215,4 mil veículos vendidos ao exterior, crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2003. No mercado interno, foram 592,4 mil unidades comercializadas, alta de 7,9%. A indústria automotiva tem capacidade para produzir 3,2 milhões de veículos por ano, segundo a Anfavea.

“Mesmo com uma recuperação, a indústria continua com a choradeira”, disse. Mas ele reconhece que em 1997 havia bem menos montadoras instaladas no país e ao longo dos anos, houve uma ampliação da concorrência. Atualmente são 18 marcas de fabricantes de veículos. “Não está acontecendo aqui nada que não esteja ocorrendo no mundo todo, o que é preciso é ampliar a demanda, o poder de consumo”, disse.

Lima avalia que pode haver um rearranjo no segmento no país, como por exemplo, joint-ventures (associações) entre fabricantes, mas afirma que isso não deve significar demissões no Grande ABC. “A região já tem um parque industrial formado e precisava de investimentos, o que vem ocorrendo, na Mercedes-Benz, na Volkswagen e na Ford, onde está para ser lançado um carro novo”, disse. A Ford do Brasil discute com a matriz nos EUA a aprovação de um projeto de carro compacto popular, a ser fabricado na unidade de São Bernardo.




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