Para Lima, os números da Anfavea apontam para uma produção anual próxima a 2 milhões em 2004, que será inferior apenas ao recorde histórico de 2,1 milhões de 1997. Ele afirmou que as exportações vão colaborar para elevar o nível de ocupação nas fábricas. De janeiro a maio deste ano, a indústria totalizou 215,4 mil veículos vendidos ao exterior, crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2003. No mercado interno, foram 592,4 mil unidades comercializadas, alta de 7,9%. A indústria automotiva tem capacidade para produzir 3,2 milhões de veículos por ano, segundo a Anfavea.
“Mesmo com uma recuperação, a indústria continua com a choradeira”, disse. Mas ele reconhece que em 1997 havia bem menos montadoras instaladas no país e ao longo dos anos, houve uma ampliação da concorrência. Atualmente são 18 marcas de fabricantes de veículos. “Não está acontecendo aqui nada que não esteja ocorrendo no mundo todo, o que é preciso é ampliar a demanda, o poder de consumo”, disse.
Lima avalia que pode haver um rearranjo no segmento no país, como por exemplo, joint-ventures (associações) entre fabricantes, mas afirma que isso não deve significar demissões no Grande ABC. “A região já tem um parque industrial formado e precisava de investimentos, o que vem ocorrendo, na Mercedes-Benz, na Volkswagen e na Ford, onde está para ser lançado um carro novo”, disse. A Ford do Brasil discute com a matriz nos EUA a aprovação de um projeto de carro compacto popular, a ser fabricado na unidade de São Bernardo.
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