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Diadema aguarda central de triagem de lixo há 6 anos

Projeto constava em plano de Obras de 2012; local vai abrigar cooperativas de reciclagem da cidade

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
06/12/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A construção da central de triagem de resíduos Chico Mendes, na Avenida Chico Mendes, 146, bairro Serraria, em Diadema, ainda não saiu do papel, mesmo tendo sido anunciada há seis anos. A obra, licitada em março com início programado para agosto, consta nos planos de obras da Prefeitura desde 2012, inclusive com aporte de recursos do governo federal.

O valor estimado para a central era de R$ 2,3 milhões em verbas da União e R$ 610 mil do município há seis anos, montante que, em 2015, subiu para R$ 4,2 milhões, com aporte do Tesouro de R$ 425 mil. Já nos planos de obras da administração de 2018 e 2019 (que ainda será votado na Câmara Municipal), o recurso destinado para o projeto é de apenas R$ 71 mil.

Placa removida do terreno onde a central deverá ser construída destacava investimento de R$ 1.705.990,13 para a obra, que deveria ter sido tocada pela CEP Construções e Projetos Ltda. Nenhum valor chegou a ser repassado para a empresa, apesar de constarem no Portal da Transparência dois contratos, de 21 de março de 2018, um de R$ 138.208,23 e outro de R$ 1.367.328,06.

A CEP Construções confirmou que não executaria mais a construção, mas não detalhou o motivo do rompimento do contrato. Já a Prefeitura de Diadema informou que a empresa desistiu do projeto. “A administração está analisando a questão e adotará medidas para a retomada da obra.”

ESPERA

Enquanto a construção da central de triagem de resíduos não sai do papel, trabalhadores de cooperativas do município aguardam por melhores estruturas. Na Cooperativa Central de Catadores e Catadoras Chico Mendes, que funciona em terreno ao lado do espaço onde a central será construída, atuam sete pessoas. A presidente Luciana Maria Ferreira, 44 anos, relata que há quase dez anos a Prefeitura fala na construção do equipamento. “Já tem um tempo que a gente não tem reuniões com a administração. Quando colocaram a placa, cercaram, a gente achou que finalmente ia acontecer”, explicou.

A presidente da Cooperlimpa (Cooperativa de Reciclagem Cidade Limpa), Patricia Frazão da Silva, 40, explicou que ainda não foram feitas projeções de quanto haverá de aumento no material triado. Diadema conta com dez ecopontos na cidade e, segundo a administração municipal, o material reciclável entregue pela população é destinado para a Cooperlimpa e a Cooperfênix, cerca de 90 toneladas ao mês. Patrícia, no entanto, afirma que esse fluxo não é contínuo. “Recebemos de vez em quando, a cada dois meses, não tem regularidade.”




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