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ONU negocia declaração exigindo cessar-fogo na Somália
Da AFP
27/12/2006 | 17:23
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas tentava nesta quarta-feira chegar a uma declaração exigindo um cessar-fogo imediato na Somália e a retirada de tropas estrangeiras, em especial etíopes.

A reunião do conselho ocorreu após um pedido em do presidente da União Africana, Alpha Oumar Konaré, para que se decida "sem demora" sobre uma retirada das tropas etíopes envolvidas nos combates na Somália.

O projeto de resolução submetido a discussão não é vinculante e foi apresentado pelo Qatar, que preside o Conselho de Segurança em dezembro. Ele pede que a "Etiópia retire imediatamente suas forças e ponha fim às operações militares na Somália". O texto solicita também a retirada de "todas as forças estrangeiras" da Somália, "o fim imediato das hostilidades" e a retomada "sem demora" das negociações de paz.

Os combates entre as forças leais apoiadas pelo Exército etíope e os combatentes islâmicos começaram em 20 de dezembro e continuavam nesta quarta-feira.

Ao fim de mais de três horas de discussões a portas fechadas, os membros do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) deixaram a reunião sem um acordo sobre o projeto de declaração. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha consideram prematuro exigir uma retirada das forças estrangeiras da Somália na ausência de um cessar-fogo.

A França, por sua vez, disse ser favorável a uma retirada das forças estrangeiras da Somália. "Nossa posição é que todas as forças estrangeiras devem se retirar", afirmou o embaixador francês Jean-Marie de La Sablière. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados estima que 50 mil refugiados somalis poderão chegar à fronteira com a Etiópia e o Quênia por causa dos combates.




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