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Lula é oficializado como candidato à Presidência pelo PT

Mesmo com a prisão do ex-presidente, convenção do partido reitera que não há plano B

Por Yara Ferraz
05/08/2018 | 07:00
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Paulo Pinto/FotosPublicas


 Apesar de preso em Curitiba desde abril, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve candidatura oficializada pelo PT (Partido dos Trabalhadores). Em convenção realizada ontem, Lula foi escolhido por cerca de 600 delegados para concorrer à Presidência da República em outubro. O tom empregado no ato foi o de que não há plano B para o partido, ou seja, ele é a única via para a disputa presidencial, sem previsão de substituto, apesar da condenação em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão.

O ex-presidente foi representado pela militância e pelos políticos por máscaras estampadas com seu rosto e por uma carta lida no evento. “Esta é a primeira vez em 38 anos que não participo pessoalmente de um encontro nacional do partido. Mas sei que estou presente por meio de cada um de vocês”, iniciou a mensagem. No texto, Lula afirmou que a democracia está ameaçada. “Já derrubaram uma presidenta eleita; agora querem vetar o direito do povo escolher livremente o próximo presidente. Querem inventar uma democracia sem povo.”

O que ainda continua sem definição é a escolha do vice da chapa. Apesar de a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad estarem presentes no ato, não houve menção a quem ocuparia o cargo. “Quando saímos do sindicato dos metalúrgicos, em São Bernardo, Lula disse: ‘Cada um de vocês deve ser eu. Durante todos estes meses cada um de nós manteve Lula vivo”, disse Gleisi, completando que a candidatura do ex-presidente será registrado no dia 15 de agosto “nos braços do povo.” Ela classificou referendar o nome de Lula como a “ação mais confrontadora que fizemos contra o sistema podre”.

Gleisi havia sinalizado na sexta-feira que a escolha do vice seria feita até o dia 14, o que é arriscado, já que a recomendação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é de que a definição ocorra até amanhã. Nomes como Manuela D’Ávila (PCdoB), que supostamente foi freada por Lula, e Ciro Gomes (PDT), ambos candidatos à Presidência, são cogitados. A ex-presidente Dilma Rouseff, que será candidata ao senado por Minas Gerais, também esteve presente.




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