O precedente balanço, divulgado nesta sexta-feira oficialmente, era de 79 a 100 mortos e 58 feridos graves.

Caças da Otan lançaram nesta sexta bombas de fragmentaçao que atingiram um comboio de refugiados de ascendência albanesa. Jornalistas levados ao local do ataque viram corpos calcinados, tratores destruídos e sobreviventes aterrorizados.

Fontes da Otan em Bruxelas disseram que começara uma investigaçao, nao fazendo comentários.

Os refugiados tinham saído de seus esconderijos nos bosques depois de semanas, e à noite, pararam no povoado de Korisa, perto de Prizren, a cerca de 90 quilômetros a sudoeste de Kosovo, quando explodiram as bombas, contaram alguns sobreviventes.

A polícia local afirmou que nao havia instalaçoes militares ou policiais perto de Korisa. Membros de uma equipe do noticiário de televisao da Associated Press disseram ter visto uma cratera à beira de um caminho com dezenas de corpos, inclusive de crianças, muitos deles irreconhecíveis, de tao queimados.

Também eram vistos corpos mutilados, restos fumegantes de uns 20 tratores e casas destruídas. Até agora, o maior número de baixas causadas em um só ataque era de 75 refugiados mortos, em 14 de abril, no ataque a um comboio perto da cidade de Djakovica. A Otan admitiu naquela ocasiao que um erro podia ter causado ``dano nao intencional a civis'.

A Otan informou sexta-feira cedo que tinha lançado seus mais intensos bombardeios desta campanha de sete semanas, concentrados em instalaçoes militares e policiais em Kosovo, sendo os ataques mais intensos nos arredores de Prizren.

A Otan também informou em Bruxelas que nas últimas 24 horas seus caças alvejaram instalaçoes de eletricidade em seis cidades, duas pontes, dois postos fronteiriços, uma instalaçao petrolífera e um depósito de muniçao.

Os ataques deixaram sem eletricidade vários setores das principais cidades iugoslavas _ Belgrado, Novi Sad e Nis _ e outras regioes. A Iugoslávia afirma que mais de 1.200 pessoas foram mortas nos ataques aéreos da Otan, iniciados em 24 de março.