O São Bernardo já sabe como encarar o União Barbarense, às 16h de hoje, no Estádio 1º de Maio, na tentativa de carimbar a primeira vitória do time na Série A-2 do Campeonato Paulista. O técnico Luciano Dias reconhece que a derrota na estreia (Rio Preto) e o empate na segunda rodada (Pão de Açúcar) deixaram apenas uma alternativa à equipe do Grande ABC. "Sei que o torneio é longo, mas precisamos reagir agora. Estabelecemos o acesso como alvo. Não planejaríamos apenas para o futuro. Não diria: daqui a quatro, cinco anos... Isso nunca. Não podemos esperar as coisas acontecerem" , avisa.

Segundo ele, o Tigre tem consciência das muitas dificuldades que o aguardam. No entanto, o comandante sugere uma postura ousada, mas equilibrada na hora de buscar o resultado que mais interessa aos donos da casa. "É fundamental que a gente assuma o controle da situação e dite o ritmo sem entrar em desespero. Quero que os meus jogadores controlem aquela ansiedade tão prejudicial no momento em que você não ganha logo no início da temporada. Digo a eles: não é bem assim... O entrosamento virá naturalmente", acredita.

Luciano Dias procura tocar direto no emocional do elenco, mas não abre a boca se o assunto é escalar este ou aquele na zaga, no meio ou no ataque. "Acho que não adianta esconder, mas não vou me expor aos adversários. Os pequenos detalhes é que podem te ajudar ou mesmo atrapalhar", exemplifica.

No entanto, não há nenhum segredo quanto à presença de Marcelo Bonan, ex-Santo André, Coritiba e diversos clubes do País. O experiente goleiro voltou recentemente ao futebol paulista disposto a mostrar que o lugar dele é aqui. "Estou em casa. Rodei bastante, mas o Grande ABC é um local que me agrada. Além disso, o projeto do São Bernardo é um bom estímulo para quem, como eu, pretende conquistar o título. Quero disputar a elite. Temos condições de chegar lá", prevê.

Diretoria denuncia o Rio Preto na FPF

O São Bernardo ainda não assimilou o que aconteceu na derrota da estréia do time na Série A-2 do Estadual. O diretor de futebol Egard Montemor prometeu ontem encaminhar um ofício à FPF (Federação Paulista de Futebol) para pedir explicações a respeito dos contratempos enfrentados pelo Tigre no estádio do Rio Preto. "Encontramos uma estrutura muito precária. Tanto é que determinaram a interdição do local. Se já havia tantos problemas, como é que nos mandaram atuar naquele campo?", irritou-se o dirigente, ao citar, entre outras coisas, a falta de água potável nos vestiários. Segundo ele, também não havia luz, vaso sanitário (apenas um buraco no chão) e nenhuma condição de segurança. "Pior: vimos escorpiões e aranhas espalhados pelos cantos", acusou.