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Estado diz que avaliará pleitos de Lauro sobre novo coronavírus

Prefeito de Diadema pediu recursos para custear hospital de campanha e manter leitos de UTI

Júnior Carvalho
Do Diário Grande ABC
05/05/2020 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


O governo do Estado de São Paulo informou ontem que avaliará pleitos do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), por recursos para custear hospital de campanha na cidade para enfrentamento da pandemia de Covid-19 e para manter novos leitos de UTI abertos recentemente na rede municipal para atendimento de pacientes contaminados pelo novo coronavírus.

Embora tenha ressaltado novamente que já repassou verba de R$ 4,2 milhões ao município para a ampliação da capacidade de atendimento – que inclui a instalação de hospital de campanha –, a Secretaria Estadual de Saúde sinalizou, pela primeira vez em semanas, que “avaliará o plano enviado pelo município”, porém, não estimou prazos. Desde o mês passado, o Palácio dos Bandeirantes tem insistido que já enviou recursos para auxiliar Diadema no enfrentamento da pandemia, ante alegações do Paço diademense de que ainda não recebeu retorno sobre o pedido.

Divulgada há quase um mês, a sugestão de Lauro é de transformar em hospital de campanha espaço de cerca de 2.000 quadrados, no segundo andar do Quarteirão da Saúde. O setor, atualmente ocioso, está reservado para receber unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, o que nunca ocorreu. O Diário teve acesso a ofício endereçado pelo prefeito ao secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, no qual faz o apelo, datado de 30 de março. Na semana passada, a pasta alegou que não havia nenhum pedido formal do município. Ontem, o setor voltou a frisar que “a aplicação do recurso é responsabilidade da Prefeitura” e que o montante pode ser utilizado, inclusive, para erguer possível hospital de campanha.

Lauro, por sua vez, reconheceu que o Estado enviou recurso à cidade, mas destacou que o volume repassado é insuficiente e que já foi utilizado para compra de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). “Só de máscaras estamos gastando o que eles mandaram, então se eles disseram que esse valor é para hospital, estão sem noção do quanto custa a saúde pública nas cidades. (Equivale a) R$ 10 por cidadão? É o que vale a saúde e a vida de cada diademense para o governo do Estado?”, criticou o prefeito, em recente entrevista ao Diário.

A gestão verde também pede que o Estado ajude no custeio dos leitos abertos no Hospital Municipal, em Piraporinha, para atendimento dos pacientes de Covid-19. “Pedimos agilidade para o Estado fazer a solicitação de habilitação do custeio de 20 leitos de UTIs extras que colocamos no HM. O Ministério da Saúde só vai repassar o custeio se o Estado assinar junto esse pedido de habilitação. Até agora, o Estado nada fez por Diadema nesse sentido. Mas para São Bernardo já fez. Qual a diferença de São Bernardo para nós? Somos mais discriminados? Por que para Diadema ainda não?”, questionou Lauro, que tem demonstrado publicamente irritação com o governo João Doria (PSDB). 




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