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Ribeirão cortará mato para conter carrapatos
Por Renata Gonçalez
Do Diário do Grande ABC
27/11/2004 | 13:30
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Uma equipe da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos da Prefeitura de Ribeirão Pires será enviada nesta segunda-feira ao bairro Pilar Velho para cortar o mato das principais vias. O objetivo é conter a infestação de carrapatos estrela em áreas públicas do bairro. A espécie é transmissora da febre maculosa, doença que em junho último matou três pessoas da mesma família no Jardim Primavera, em Mauá.

A infestação na região ocorre há cerca de um mês e toma conta de residências e até da igreja do Pilar, tradicional ponto turístico de Ribeirão. Vários moradores afirmaram nesta quinta ao Diário terem sido picados pelo aracnídeo pelo menos uma vez.

O corte do mato é a única atitude concreta da Prefeitura. A administração diz que a situação está sob controle e não há casos suspeitos da doença na cidade. Segundo informações da Secretaria Estadual da Saúde, houve três casos de febre maculosa neste ano no Grande ABC – justamente as vítimas fatais de Mauá. Nos últimos quatro anos, 12 pessoas tiveram a doença na região, seis casos foram fatais. As cidades afetadas foram Santo André (um caso); São Bernardo (um caso com óbito); Diadema (dois casos, com um óbito), Mauá (os três com óbito); e Ribeirão Pires (um caso).

De acordo com a gerente da Vigilância à Saúde de Ribeirão, Josiane Bugiga Rabellato, o município está preparado caso enfrente um surto de febre maculosa. "Está praticamente descartada esta hipótese, mas, por prevenção, pedi reforço nos medicamentos indicados para o tratamento", disse a gerente, referindo-se aos antibióticos cloranfenicol, doxicilina e tetraciclina.

Praga rural – Segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Biológicas, Paulo Val Rocha Júnior, de Santo André, o carrapato estrela não é considerada uma praga urbana. Mais comum em meses com temperaturas mais baixas, sua proliferação nesta época do ano pode ser resultado de desequilíbrio climático. "Mesmo tendo hábitos de inverno, os insetos não conseguem mais entender a variação do clima e podem aparecer em qualquer época do ano", afirmou o técnico. "O melhor meio de combatê-los é manter a plantação baixa e evitar ao máximo o contato com áreas infestadas."




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