É impressionante o poder que alguns políticos têm de simplesmente esquecer completamente aquilo que falaram e fizeram há pouco tempo. E pior: lidam com o cidadão que relembra seus deslizes como se o próprio estivesse errado. E, em ano de eleição, sempre é bom lembrar daqueles que fazem questão de simplesmente deletar aquilo que haviam dito e realizado com tanta veemência. Dois dos maiores exemplos dessa situação esdrúxula estão nos quadros do PSB na região: o secretário de Segurança Alimentar de Diadema, Manoel José da Silva, o Adelson, e o secretário de Segurança Pública de Mauá, Carlos Tomaz. Os dois são presidentes municipais da legenda e antes da vitória dos atuais chefes do Executivo - Mário Reali (PT) e Oswaldo Dias (PT), respectivamente - falavam cobras e lagartos dos atuais comandantes. Adelson foi candidato a vice-prefeito na chapa do tucano José Augusto da Silva Ramos e criticou muito Reali no palanque. Hoje quer ser vice do petista. Tomaz chegou a assinar documento de que não se aliaria nunca com Oswaldo que, segundo ele, representava o atraso. Como se vê, os dois rasgaram seus discursos, sem o menor constrangimento. E a população? Ah, isso é um mero detalhe...

Deixa ele de lado

A volta de férias do prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), agitou os bastidores políticos da cidade nos últimos dias. O que se fala nos corredores do Paço é que o chefe do Executivo fez chegar ao seu primeiro escalão que o secretário de Gabinete, Nilson Bonome (PMDB), já não tem mais, de fato, tanta influência em seu governo. A pressão para que o petebista decida o nome do vice-prefeito na chapa - que Bonome trabalha para que seja ele próprio - e a insistência em trazer para a cidade o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), teriam acelerado o processo de desgaste entre prefeito e ex-homem-forte. O fato é que Aidan e Bonome podem sim estar no mesmo palanque como companheiros de chapa na eleição de outubro, mas que a relação está absolutamente desgastada, isso está.

Vai sair do papel

Durante sua posse, em Brasília, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), garantiu ao deputado estadual Donisete Braga (PT-Mauá) que irá priorizar em sua gestão a instalação do campus de Mauá da Universidade Federal do ABC. O processo de compra da área do INSS estava parado na mesa do então ministro Fernando Haddad. Ele garantiu que estará na cidade em março. Mercadante venceu em Mauá as duas últimas eleições para governador.