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Região tem duas novas suspeitas de febre
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
18/01/2008 | 07:03
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O Grande ABC registrou dois novos casos de suspeita de febre amarela. Um deles – uma mulher de 39 anos que havia viajado para Bonito (MS) – foi confirmado ontem pelo Centro de Vigilância Epidemiológica mas negado pela Secretaria de Estado da Saúde, que ainda aguarda o resultado de um exame para dar como definitivo o diagnóstico.

Agora, a região soma quatro casos. Os outros dois pacientes sob investigação são moradores de Mauá e de São Bernardo, internados em hospitais particulares de Santo André.

Os pacientes de São Caetano – um homem e uma mulher – passam bem e já receberam alta médica. A mulher cujo exame preliminar deu positivo ficou internada por dois dias no Hospital Beneficência Portuguesa e agora se recupera em casa. O homem foi encaminhado para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e internado após apresentar um quadro de febre e dores musculares quando retornava de uma viagem a Goiânia (GO).

Os outros dois pacientes do Grande ABC sob suspeita de estarem infectados apresentaram sintomas da doença após terem viajado a Bonito (MS) e a Porto Velho (RO).

Segundo boletim divulgado ontem pelos hospitais Cristóvão da Gama e Brasil, onde estão internados, o estado de saúde de ambos está evoluindo de maneira satisfatória.

Para evitar a proliferação da doença, técnicos da Vigilância Epdemiológica da Secretaria de Saúde de São Caetano vistoriaram no Bairro Mauá a casa da mulher que foi internada na Beneficência Portuguesa em busca de potenciais criadouros do Aedes aegypti.

O mosquito que transmite a dengue é o responsável pelo contágio da febre amarela.

Segundo a secretária de Saúde, Regina Maura, nenhuma larva foi encontrada. Também foi aplicado um inseticida para matar eventuais mosquitos adultos.

Ainda não foi feita uma vistoria na casa do outro suspeito de ter contraído a doença, que mora no Bairro Nova Gerti. Ele reside em um apartamento, o que reduz as chances de proliferação do mosquito.

PÂNICO

Apesar da corrida aos postos de saúde em busca da vacina contra a febre amarela, especialistas ouvidos pelo Diário voltaram a afirmar que não há necessidade para pânico.

“Os casos suspeitos foram contraídos nas áreas de risco. Quem não viajou para esses locais não precisa se vacinar”, disse Homero Nepomucemo Duarte, secretário de Saúde de Santo André. Segundo o médico, a doença se manifesta até 15 dias após a estadia na zona de risco, quando o vírus está sendo incubado.Após esse período, não há risco de contaminação.

Os sintomas são febre alta e icterícia (pele e olhos amarelados). Também podem surgir hemorragias nasais, intestinais ou de pele.

A dose é contra-indicada a crianças menores de seis meses e pessoas com baixa imunidade, como portadores de câncer e Aids, pois a vacina é produzida a partir do vírus vivo atenuado.

Pessoas alérgicas a ovo também não devem se vacinar. A cultura do vírus da febre amarela para produção da vacina é feita dentro do ovo, que libera na dose as proteínas que provocam a alergia.




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