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PV pode reivindicar vaga
na Câmara de Diadema
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
08/01/2011 | 07:54
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O PV de Diadema tende a reivindicar a cadeira de vereador, com base na lei de fidelidade partidária, que será deixada por Regina Gonçalves (PV) ao assumir o posto de deputada estadual no dia 16 de março. João Merenda, eleito primeiro suplente da bancada dos verdes, migrou para o PPS após o pleito eleitoral e será empossado vereador obrigatoriamente. A única forma do partido "recuperar" o mandato é acionar a Justiça Eleitoral.

A executiva municipal do PV promete se reunir e dar o veredicto final sobre o caso até dia 20. Caso exija a devolução do cargo, a beneficiada seria a própria dirigente municipal da sigla, Denise Ventrice. "Entendemos que o mandato é do partido, porque senão, não teria razão da fidelidade partidária. Cai por terra a moralização da política. O partido deu toda a estrutura para os candidatos a vereadores", afirmou Denise.

Regina tem até o dia da posse para deixar a Câmara, mas pode optar pela antecipação da saída. Assim que a verde deixar o cargo, o presidente da Casa, Laércio Soares (PCdoB), garantiu que irá empossar Merenda. "Não vou inventar nada. Se houver problema quem deve resolver é a Justiça", completou.

Mesmo com opinião definida sobre o caso, a dirigente quer discutir o caso em conjunto com a executiva do partido. "Precisamos pesar para ver se vale a pena o processo. Tudo será feito em nome do partido e com diálogo partidário", comentou Denise. No entanto, a previsão do futuro vereador João Merenda dá conta de que o PV, na voz de Regina, já estaria decidido a travar batalha judicial pelo mandato.

 "Ela (Regina) já avisou todas as pessoas da cidade que vai reivindicar o mandato e também garantiu que o PV fica com a cadeira", declarou Merenda. Depois de exercer o mandato de vereador em três ocasiões - pelo PMDB 1989 a 1992 e 1993 a 1996 e pelo PSDB de 2005 a 2008 -, o popular-socialista alegou ter sofrido perseguição política dentro do PV e por conta disso abandonou a legenda.

Regina é apontada como pivô do atrito na relação entre PV e Merenda e acusada de ser a "perseguidora" do ex-verde. "Tenho provas de que fui perseguido que só vou divulgar à Justiça em momento oportuno. Por ela (Regina) eu nem sairia candidato pelo PV, o que já mostra que ela tentou me prejudicar", argumentou.

Merenda compara sua saída com a decisão da deputada estadual Vanessa Damo de trocar o PV de Mauá pelo PMDB. "A Regina perseguiu ela e todo mundo sabe disso, ficou claro. Comigo foi parecido. É ela quem manda no PV", acusou. Regina não foi localizada pelo Diário para comentar o caso.

Também vereador pelo PV, Milton Capel se esquivou das discussões sobre o caso. "Prefiro não opinar ainda", disse. Segundo Laércio, Capel e Merenda se encontraram "sem querer" no gabinete da presidência no meio da semana. "Em nenhum momento falamos sobre a suplência", comentou.




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