O momento atual exige muito cuidado com as aplicações financeiras, principalmente com os chamados ativos de risco, como ações, ouro e dólar. Assim como a crise da China, no ano passado, a dos EUA trouxe uma instabilidade muito maior e será comum, nos próximos dias, semanas e até meses, movimentos fortes de alta, seguidos pelo correspondente forte movimento de queda.

Dois fundamentos básicos devem ser usados na hora de aplicar em ações. O primeiro deles é sempre comprar na baixa e vender na alta. O segundo é esperar o retorno no médio e longo prazos, ou seja, entre seis e 12 meses.

Pechinchas - Exemplo: a ação PN (preferencial e sem direito a voto), da Petrobras – hoje a sexta maior empresa petrolífera do mundo – está cotado ao preço de R$ 76,74.

Os analistas do ABN Amro Corretora de Valores e os da Planner Corretora estimam que o preço justo dessa ação é de R$ 97,20.

Ou seja, o preço de Petrobras PN hoje está uma “barbada”, pois seu potencial de valorização é de 26,66%. Portanto, é uma excelente opção de compra, mesmo com o mercado de ações nebuloso como está, mas o investidor deve ter em mente que esse resultado virá ao longo dos meses e não de imediato.

Outra situação pode ser a do aplicador que já está em Petrobras PN, a comprou a um preço mais alto e perdeu muito dinheiro nas últimas semanas. A dica é: fique onde está. O papel vai subir, devolver a perda e lhe dar lucro – mas sempre no conceito de médio e longo prazo.

Esse é apenas um exemplo. Pegamos a principal ação do Ibovespa, mas podemos usar o exemplo do Bradesco PN. O papel está cotado em R$ 48,61, mas para o ABN Amro ele vale R$ 66,40, o que projeta lucro de 36,60%. Veja que estamos falando do maior banco privado do País e que amanhã divulga os lucros obtidos no ano passado – que devem ser novamente recordes.

Há os casos de quem está aplicado em ações através de fundos. Aqui vai a dica dos analistas de mercado do HSBC.