A Polícia Civil de Santo André apura se houve crime ambiental na Estrada do Montanhão, alvo de processo judicial que tramita na área cível há 20 anos. Agora, a história também virou para a esfera criminal. A via liga o município andreense a São Bernardo.

O inquérito policial foi instaurado a partir da reportagem do Diário do dia 11, em que a Prefeitura de Santo André acusa, nos autos, a administração de São Bernardo de ter praticado crime ambiental quando da reabertura, na véspera do Natal, de trecho da estrada interditado pelo Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André.

"Apuramos se ocorreu eventual crime ambiental no local. Se comprovado, identificamos a autoria de quem o praticou", explicou o delegado Gilmar Camargo Bessa, titular da Delegacia de Investigações Gerais, que agrega delitos ligados a sequestros, entorpecentes, roubos e meio ambiente, localizada ao lado do Centro de Detenção Provisória, no bairro Palmares, em Santo André.

A pedido do delegado, ofícios foram expedidos, inicialmente, para o promotor de Meio Ambiente de Santo André, José Luiz Saikali, autor da ação civil pública que pede pela preservação ambiental do Parque do Pedroso, localizado na cidade. Os documentos seguiram ainda para a presidência do Semasa.

A princípio, o delegado titular quer cópias de todo o procedimento por parte de Santo André. "Preciso me inteirar dos fatos", apontou.

O Semasa informou que ainda não recebeu o ofício.

Paralelamente, uma equipe da Polícia Civil esteve no local para investigação da área verde. "Aguardo a conclusão do relatório circunstanciado para instruir no inquérito policial", afirmou o delegado.
Indagada, a Prefeitura de São Bernardo informou não ter sido notificada da abertura do inquérito e que a Polícia Militar Ambiental esteve no local e não constatou irregularidade.