Política Titulo Ribeirão Pires
Volpi minimiza efeitos do G-4 no Legislativo

Prefeito não se preocupa com formação do bloco porque 'vai sair do governo e ir para casa'

Por Rogério Santos
do Diário do Grande ABC
07/01/2012 | 07:05
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O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), não se mostra preocupado com o G-4, grupo formado nesta semana na Câmara pelos vereadores Koiti Takaki, Gerson Constantino e José Nelson (todos do PSD) e Saulo Benevides (PMDB). "Já existe um bloco de oposição lá. Eu não interfiro nisso, cada um busca o seu espaço", disse o verde.

Os parlamentares assumiram compromisso de votar juntos os projetos encaminhados pelo Executivo. A parceria terá início a partir de fevereiro, quando acaba o recesso parlamentar, e pode ser indigesta para o prefeito.

Pelo regimento da Casa, os projetos que envolvem constituição municipal, verbas e cargos públicos precisam de 2/3 dos votos da Casa - oito dos 11 vereadores - para serem aprovados.

Com quatro votos, o grupo pode travar peças importantes encaminhadas pelo Executivo e colocar a governabilidade de Volpi em xeque.

O prefeito lembra que os projetos que são encaminhados para a Câmara são pensados de acordo com a necessidade da cidade, e que compete ao legislativo votá-los ou não.

Reflexo na eleição - Além de causar eventuais dores de cabeça a Volpi, o G-4 reforça ainda mais a parceria entre PSD e PMDB. O partido presidido na cidade por Koiti Takaki unirá forças com Saulo, principal oposicionista do chefe do Executivo e pré-candidato ao Paço, que travará disputa nas urnas com o pré-candidato governista Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS).

Questionado sobre a situação, Volpi também não aparenta preocupação. "Não serei candidato. Eu saio do governo e vou para a minha casa. Portanto, isso não me incomoda."

O grupo nasce defendendo postura de independência e autonomia na Casa e rechaçando o rótulo de oposição. "Votaremos de acordo com o entendimento do grupo, naquilo que for bom para a cidade", justifica Gerson Constantino.

Principal beneficiado com o G-4, Saulo Benevides exalta a "soma" propiciada pelo grupo. "Foi uma surpresa muito positiva". Segundo ele, a Câmara aprovou em 2011 projetos impopulares, como o aumento na taxa de iluminação pública e no Imposto Predial e Territorial Urbano. Com a formação do bloco, discussões de matérias semelhantes neste ano tendem a ser mais acaloradas.




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