O árbitro Elmo Alves Cunha revelou na terça-feira que vai processar Kléber Pereira por calúnia, difamação e danos morais. O atacante acusou o juiz de ter sido "comprado" pelo Vasco e que teria beneficiado o clube carioca na vitória sobre o paulista, no último sábado, por 1 a 0, em São Januário.

Elmo acionou a Anaf (Associação Nacional dos Árbitros) para prestar auxílio no ingresso à Justiça. O árbitro alega que sua família tem passado por sério constrangimento moral desde o episódio.

Em declaração à rádio Jovem Pan, Pereira disse que Elmo "estava com o bolso cheio", insinuando que o árbitro teria recebido bonificação.

O jogador poderá ter problemas também com o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e ser enquadrado no artigo 252 (ofensa a árbitro), cuja suspensão varia de duas a seis partidas.

O atrito entre o atacante e o árbitro aconteceu após a marcação de um pênalti de Molina no vascaíno Jonílson. Kléber Pereira e os demais atletas santistas entenderam que a infração foi fora da área. Edmundo bateu o pênalti e assegurou a vitória do time da casa.

Kléber Pereira fez um pronunciamento admitindo que se expressou mal e se enrolou ao tentar explicar o que pretendeu dizer ao falar que o árbitro estava com o bolso cheio.

"As pessoas colocaram umas coisas normal que eu não falei. Apenas falei para o árbitro que ele é bem-sucedido e não poderia ter problema de pressão. Falei do bolso dele porque como ele é bem-sucedido não pode sentir problema de pressão. A maneira como me expressei foi mal, mas não quis julgar que tem no Brasil árbitro que recebe dinheiro ou não."