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Diretoria de hospital garante que gestantes foram atendidas
Por Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
11/01/2008 | 07:03
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“Não houve negligência. Não deixamos de atender as pacientes, mas reconhecemos que a acomodação não foi a ideal”, disse ontem a diretora do CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André, Rosa Aguiar, sobre a denúncia publicada na edição de ontem, sobre grávidas que esperaram horas na unidade sem atendimento ou acomodação razoáveis.

Em visita ao Diário, acompanhada pelo chefe da Obstetrícia, Valdemar Bliacheriene, e pelo diretor administrativo, Reginaldo Pires de Toledo, Rosa afirmou que o movimento no plantão de terça para quarta-feira foi atípico. “Nunca vi uma noite como aquela.”

A reportagem acompanhou a espera de parturientes por um leito durante a madrugada. Elas estavam acomodadas em cadeiras, na sala de espera do pronto-socorro. De acordo com Bliacheriene, todas receberam acompanhamento médico, mesmo sentadas. “Não podemos recusar pacientes e tentamos atendê-las da melhor maneira. Fizemos os exames necessários, temos os prontuários”, afirmou.

O CHM admite, entretanto, que não consegue atender a toda a demanda por leitos. Cerca de 15% das pacientes precisam ser remanejadas para outros hospitais por falta de vagas. Nem todas são moradoras da cidade.

Para o secretário de Saúde, Homero Nepomuceno, má acomodação não é mau atendimento. Mas, para resolver o problema, o espaço reservado às gestantes será repensado. “Vamos liberar uma sala para que as grávidas possam ser acomodadas em macas, quando necessário. O que aconteceu foi uma raridade. A central de vagas (de responsabilidade do Estado) demorou muito para atender aos pedidos”, disse.

Segundo a equipe do hospital, demora-se, em média, quatro horas para se conseguir uma leito. No plantão noturno de terça-feira, a espera chegou a 15 horas.

EVASÃO - Uma ocorrência foi registrada pelo CHM junto à Guarda Municipal, para oficializar a evasão da paciente Cristiane Francisco. Ela foi levada pela família para dar à luz no Hospital Neomater, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo.

“Ela saiu à revelia. Não fizemos nem o relatório médico para ser encaminhado a outro profissional. Antes de ir embora, porém, ela foi examinada e não estava em trabalho de parto”, garantiu Rosa Aguiar.

Outra paciente citada na reportagem de ontem, Vanessa Francisca de Oliveira Vitor, disse que recebeu atendimento satisfatório. “Não tenho do que reclamar. Esperei porque foi necessário por causa dos exames.” (Colaborou Vanessa Selicani)




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