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Desemprego entre mulheres bate masculino desde 98, indica Dieese
05/03/2005 | 19:23
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O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) divulgou pesquisa referente ao desemprego, na qual, apesar dos índices se apresentarem crescentes para homens e mulheres, as taxas femininas permanecem superiores às masculinas desde 1998 em cinco regiões metropolitanas, e registram crescimento superior ao comparado às taxas masculinas, com exceção de Belo Horizonte, onde o índice teve crescimento maior entre homens (22,6%) do que entre mulheres (17,1%). Mesmo assim, na capital mineira, a taxa de desempregadas (21,9%) é superior ao de desempregados (16,8%).

As maiores taxas de desemprego feminino foram registradas em Salvador (28%), Recife (26,5%) e Distrito Federal, (24%), enquanto a menor taxa foi verificada em Porto Alegre (19,1%).

As mulheres também lideram os levantamentos que indicam a presença de trabalhadores no mercado informal – inserção vulnerável –, em todas as regiões pesquisadas. Isso ocorre, segundo o Dieese, em razão da grande presença de mulheres no emprego doméstico, superior a 15% em todas as localidades.

Em Salvador e Recife registram os maiores índices, com 50,2% e 47,8% de mulheres em situações de trabalho vulnerável, enquanto Porto Alegre apresenta o menor (34,9%). A pesquisa chama a atenção, porém, ao fato de que todas as regiões metropolitanas tiveram diminuição na taxa de mulheres no mercado informal, com exceção das capitais paulista e baiana.

O setor de serviços se destaca como o principal empregador de mulheres e homens. Em todas as regiões, o setor apresentou índices superiores a 50% para mulheres. No Distrito Federal, o setor de serviços empregava 59,6% das mulheres em 1998, índice que chegou a 62,4% em 2004. Ao mesmo tempo, o segmento serviços domésticos apresenta queda em todas as regiões, mas continua a ser o segundo setor que mais emprega mulheres em Belo Horizonte, Distrito Federal, Salvador e São Paulo. Comércio supera serviços domésticos como segundo empregador em Porto Alegre e Recife. Indústria apresenta índices superiores a 10% somente em São Paulo (14,5%) e Porto Alegre (13,9%).




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