A exemplo do Brasil, devem ocorrer manifestações em várias capitais do mundo, nos moldes das de 15 de fevereiro e 15 de março deste ano, quando mais de 10 milhões de pessoas foram às ruas pela paz, contra a guerra e se opondo ao imperialismo norte-americano. No Brasil, a 'Marcha dos Movimentos Sociais' acontece em pelo menos sete capitais.
Um dos articuladores da Coordenação, o presidente do Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo, Ricardo Gebrim, explicou que a pauta comum dos movimentos são a luta pela soberania nacional, desenvolvimento, trabalho e distribuição de renda com inclusão social. Gebrim destaca a importância dos movimentos sociais como uma forma de possibilitar as mudanças prometidas. "Acreditamos nisso, e estamos investindo”, completa. Ele acredita que um governo popular, como o de Lula, precisa que o povo se organize: “senão ficará refém apenas das pressões dos banqueiros, das construtoras, do capital estrangeiro e dos donos dos meios de comunicação".
"O nosso esforço é no sentido de construir essa unidade de articulação, para fortalecer a defesa de alguns pontos centrais", ressaltou Gebrim. O advogado lamenta as ordens de prisões a líderes dos Sem Terra em São Paulo: "Isso revela que ainda há a criminalização dos movimentos sociais. Mas é bom não esquecerem que os movimentos sociais existem apenas por causa de uma situação que não foram eles que criaram. Repressão só agrava a situação social. Os movimentos estão lutando por suas bandeiras, que existem por causa da miséria, do desemprego, entre outros, e não apenas por uma ideologia", lembrou.
A CMS organizou um abaixo-assinado pedindo ao governo Luiz Inácio Lula da Silva que convoque um plebiscito oficial para deliberar se o Brasil irá ou não aderir à Alca, conforme projeto de decreto legislativo do senador Saturnino Braga (PT-RJ), que aguarda aprovação de comissões do Senado. No plebiscito promovido pelas entidades em 2002, mais de 10 milhões votaram pelo fim do diálogo. O plebiscito proposto agora seria organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Constituição.
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