Surtiram efeito as reclamações dos partidos aliados quanto à forma desejada e anunciada por Lula: dar o ministério a um partido, a Secretaria-Geral a outro, e diluir os cargos de segundo e terceiro escalões. Seria uma forma imaginada por Lula de evitar que os partidos criassem 'feudos' nos Ministérios. Nesta terça, Genoino disse que essa fórmula não será usada. "Nenhum ministro será uma rainha da Inglaterra. O segundo e o terceiro escalões serão escolhidos de comum acordo entre o ministro e o governo, como um todo", assegurou.
Sobre o fato de Lula contemplar o PMDB com dois ministérios, o presidente do PT explicou: "Lula quer o PMDB no governo por inteiro e não apenas uma de suas facções, porque quer construir uma maioria que possa dar condições ao governo de fazer uma administração segura. Estamos propondo uma aliança com o PMDB e não uma barganha, um troca-troca ou a volta de velhas práticas no Congresso. Não estamos propondo o fisiologismo. O que queremos é evitar as negociações pontuais, como ocorreu no fim do governo de Fernando Henrique."
Mesmo entregando dois ministérios ao PMDB, o futuro governo não terá a maioria garantida para a aprovação de emendas constitucionais, que exigem 308 votos na Câmara e 49 no Senado.
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